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O Millennium bcp anunciou na sexta-feira, após uma reunião com os sindicatos da banca, que vai prosseguir com o despedimento coletivo de 62 trabalhadores.
Os sindicatos tinham avançado em comunicado, após a reunião com a comissão executivo do BCP, que estava em causa o despedimento de mais 80 colaboradores do Millennium e responderam à posição adotada pelo BCP com a confirmação de que vão avançar para uma greve conjunta.
“Na sequência da reunião de hoje dos seis Sindicatos – SNQTB, Mais Sindicato, SBN, SIB, SBC e SinTAF – com a comissão executiva do BCP e face à posição intransigente assumida pelo banco de avançar com o despedimento coletivo de pouco mais de 80 bancários, não resta outra alternativa a estes sindicatos que não seja a greve”, referem os sindicatos num comunicado conjunto.
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“Nessa medida, e confrontados com um processo de uma dimensão nunca vista em Portugal, SNQTB, Mais Sindicato, SBN, SIB, SBC e SinTAF, apesar de todos os esforços e de tudo ter sido tentado para evitar este desfecho, decidiram avançar para uma greve conjunta no BCP em data a anunciar na próxima semana”, adiantam.
A posição adotada pelos sindicatos conta a solidariedade do STEC – Sindicato dos Trabalhadores das Empresas do Grupo CGD.
“Compete agora à comissão de trabalhadores intervir no processo. Isto dito, os departamentos jurídicos dos sindicatos continuam inteiramente à disposição dos respetivos sócios”, referem os sindicatos na mesma nota.
Os sindicatos da banca já tinham ameaçado na passada terça-feira que iriam avançar para a realização de uma greve conjunta este mês de setembro se o Santander e o Millennium bcp mantivessem a intenção de prosseguir com despedimentos coletivos.
Os dois bancos têm estado a implementar planos de reestruturação que passam pela saída de entre 800 e 900 trabalhadores do BCP e de cerca de 600 do Santander.
Os bancos anunciaram que iriam avançar com o despedimento coletivo dos cerca de 450 trabalhadores que não aceitaram as propostas de rescisão por mútuo acordo ou reforma antecipada.
Os processos de reestruturação já levaram à realização de audiências no parlamento. Os sindicatos da banca denunciaram aos deputados a existência de alegados casos de assédio e pressão sobre os trabalhadores para aceitarem as propostas de saída apresentadas pelos bancos.
Atualizada às 11H44 de sábado para acrescentar informação do BCP com um novo número de trabalhadores a ser alvo do processo de despedimento coletivo.
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