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O Banco de Portugal defendia a colocação de mais 500 milhões de euros no Novo Banco em 2014, quando o banco foi criado na sequência da resolução do Banco Espírito Santo (BES).
A informação foi avançada esta sexta-feira pelo diretor do Departamento de Supervisão do Banco de Portugal, Luís Costa Ferreira, em audição na Comissão Eventual de Inquérito Parlamentar às perdas registadas pelo Novo Banco e imputadas ao Fundo de Resolução.
Segundo Costa ferreira, “o montante que inicialmente estava estimado era 500 milhões superior mas não resultava de uma diferente valorização de ativos e passivos”. “Resultava apenas de um buffer (almofada) adicional de capital para o Novo Banco”, disse aquele responsável, numa resposta a uma questão da deputada Mariana Mortágua, do Bloco de Esquerda, sobre como tinham sido calculadas as necessidades de capital do Novo Banco em 2014.
O Novo Banco foi capitalizado em 4.900 milhões de euros aquando da sua constituição enquanto banco de transição. O banco foi criado para ficar com os ativos ‘bons’ do BES.
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Costa Ferreira Costa Ferreira era o responsável pela supervisão da banca no Banco de Portugal entre julho de 2013 e novembro de 2014, mas já estava do departamento há duas décadas. Saiu do cargo para ingressar nos quadros da PwC mas entretanto regressou ao Banco de Portugal para ocupar as atuais funções.
Desde a sua constituição, o Novo Banco já recebeu cerca de 6.000 milhões de euros em empréstimos do Estado, através do Fundo de Resolução.
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