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O reconhecimento da importância da promoção do bem-estar nas organizações e a saúde mental nos locais de trabalho tem crescido significativamente e muitas organizações têm modificado as suas práticas de gestão de forma a tornar-se mais abertas e a promover caminhos para ambientes de trabalho maios saudáveis. Consciente dos desafios do momento, a Ordem dos Psicólogos Portugueses traz de novo à vida uma distinção que vai dar mais visibilidade a essas boas práticas. E criou um prémio para distinguir as melhores.
“As organizações podem assim demonstrar que também competem pelas melhores práticas de liderança e de gestão e como gerem estrategicamente a prevenção de riscos psicossociais e associam mais bem-estar a mais produtividade”, explica o bastonário da Ordem dos Psicólogos, Francisco Miranda Rodrigues.
As inscrições para o Prémio Healthy Workplaces – Locais de Trabalho Saudáveis abriram hoje, nesta quarta edição do prémio da Ordem dos Psicólogos que pretende reconhecer e distinguir as organizações portuguesas “com práticas de gestão promotora da segurança, bem-estar e saúde no local de trabalho”. A iniciativa é um contributo da Ordem para o incentivo e a divulgação das melhores orientações e práticas que se desenvolvem em Portugal no que diz respeito à segurança, à saúde e ao bem-estar ocupacional. E enquadra-se no âmbito de uma parceria com a ACT (Autoridade para as Condições do Trabalho) e com a EU-OSHA (Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho).
“Mais do que preocuparem-se e mostrarem boas intenções, esta é uma forma de tornar mais claras as acções concretas que estão a implementar”, acrescenta Francisco Miranda Rodrigues. Quanto aos possíveis inscritos, destaca que “as organizações que estão comprometidas com a conciliação entre vida pessoal e trabalho, bem como outros riscos psicossociais não vão hesitar em candidatar-se. É prestigiante e não tem custos.”
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A expectativa é que os projetos apresentados e selecionados possam ser replicados ou sirvam de exemplo e incentivo para que se multipliquem as boas práticas por outras empresas e organizações. “É importante salientar que estes selos reconhecem boas práticas e não apenas quem faça tudo bem. Todos cometemos erros. A questão está em se temos uma prática sistemática de avaliação do que fazemos e de melhoria contínua e em que ponto da situação estamos”, conclui o bastonário.
O júri dos prémios – que se dividem em três categorias, organizações até 49 pessoas, de 50 a 249 e de 250 ou mais colaboradores – é presidido pelo psicólogo Carlos Fernandes da Silva, tem dois representantes dos órgãos da Ordem dos Psicólogos Portugueses (Cristina Pereira e Gaspar Ferreira), dois especialistas (Tânia Gaspar e Samuel Antunes) e duas representantes da Autoridade para as Condições do Trabalho (Isabel Nunes e Emília Telo).
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