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A SAD do Benfica captou 60 milhões de euros num empréstimo obrigacionista concluído a 27 de maio, cujos resultados foram comunicados esta segunda-feira pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). A procura pelos títulos do clube da Luz foi 1,47 vezes superior à oferta. Novos títulos serão liquidados e admitidos à negociação em bolsa na quarta-feira.
A oferta pública de subscrição dos novos títulos da SAD benfiquista foi lançada a 16 de maio. Inicialmente o valor da emissão era de até 40 milhões de euros, mas a 23 de maio o clube decidiu aumentar o número máximo de obrigações representativas do empréstimo obrigacionista para um valor global de até 60 milhões. A operação terminou a 27 de maio e a SAD conseguiu convencer 4576 investidores institucionais e de retalho a subscrever o empréstimo obrigacionista no valor pedido pelo clube.
Não obstante, a SAD poderia ter ido mais longe. No período de subscrição dos títulos obrigacionistas, foi registada uma procura no valor total de 88,49 milhões de euros, o que significa que a procura pelos títulos do clube da Luz foi 1,47 vezes superior à oferta.
Os novos títulos obrigacionistas – cada um vale cinco euros – vencem a 1 de junho de 2025, com uma taxa de juro fixa bruta de 4,6% ao ano. Ou seja, os investidores que emprestaram dinheiro à SAD das águias serão reembolsados dentro de três anos, num valor a que acresce um juro de 4,6%. Em termos líquidos (após impostos), o juro é de 3,336%, uma vez que vence semestral e postecipadamente a partir de 1 de dezembro de 2022 e até à data do reembolso.
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A liquidação e a admissão dos novos títulos obrigacionistas na Bolsa de Valores de Lisboa acontece a 1 de junho (esta quarta-feira).
Dos 4576 investidores que financiaram a SAD do Benfica, 64% investiram entre 2500 a 5000 euros. Só 3,2%, ou seja 146 investidores, subscreveram títulos num valor superior a 50 mil euros.
Aquando do anúncio do empréstimo obrigacionista, a 10 de maio, a SAD dos encarnados explicou que o montante angariado servirá para diversificar fontes de financiamento, mas também para reforçar a liquidez de toda a estrutura benfiquista “na sequência do reembolso do empréstimo obrigacionista Benfica SAD 2019-2022, no montante de 40 milhões, em 20 de maio de 2022, com fundos próprios da Benfica SAD”.
A operação, cujos resultados foram hoje anunciados, em termos de montante angariado, iguala a emissão obrigacionista lançada em 2017, embora há cinco anos a taxa fixa de juro bruta fosse de 4%. Esta foi também a 12ª vez que a SAD dos encarnados foi ao mercado levantar dinheiro, desde que o Benfica está listado em bolsa.
O empréstimo obrigacionista da Benfica SAD foi assegurado pelo ActivoBank, Banco Best, Banco Carregosa, Banco Invest, Montepio, CaixaBI, CCCAM, CGD, EuroBic, Haitong Bank e Millennium bcp, que apoiaram na colocação dos títulos obrigacionistas. Toda a operação foi auditada pela Mazars, enquanto a CS Associados e Vieira d’Almeida assessoraram juridicamente o processo.
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