//BMW quer duplicar vendas de carros elétricos até 2021

BMW quer duplicar vendas de carros elétricos até 2021

O gasóleo não vai desaparecer tão cedo das estradas europeias e os automóveis com motores de combustão interna também não têm data marcada para sair das linhas de produção dos fabricantes de automóveis. A garantia foi dada ao Dinheiro por Andreas Klugescheid, responsável pela área de Sustentabilidade do Grupo BMW, que participava em Bruxelas na assinatura em Bruxelas de um novo Manifesto da Aliança para a Eletrificação, promovido pela associação europeia Eurelectric.

“Aos olhos da BMW, não há uma data fixa para o fim do diesel. E o mesmo para o motor de combustão interna, que ainda vai permanecer connoscs por muito tempo. Mas um dos nossos desafios enquanto fabricante automóvel é reduzir as emisões de CO2 dos motores convencionais a gasóleo e a gasolina, sobretudo no que diz respeito ao diesel”, disse o responsável da marca alemã em entrevista ao Dinheiro Vivo, anunciando ao mento tempo “um grande desenvolvimento na área de veículos elétricos”.

Segundo Andreas Klugescheid, até ao fim de 2019, a BMW vai chegar a um total de 510 mil veículos vendidos, tanto híbridos plug-in como elétricos, desde 2013. “Significa que os consumidores estão a aceitar este tecnologia e cada vez temos mais encomendas. Em 2021 prevemos vender o dobro dos eletricos do que em 2019. Em dois anos queremos duplicar as vendas”, frisou.

Na opinião do alemão, “há um equívoco em pensarmos que os veículos elétricos não são divertidos de conduzir. Os BMW são as derradeiras máquinas de condução. Mas a verdade é que quando estamos atrás do volante de um BMW i3, por exemplo, também sentimos prazer na condução, não há ruído, mas há na mesma uma sensação de potência e velocidade”.

Outra realidade que a BMW sublinha diz respeito ao facto de os mercados europeus estarem ainda muito fragmentados: na Noruega, 78% dos BMW vendidos já são híbridos plug-in ou elétricos, enquanto na Alemanha são só 7%, na Itália não vão além dos 3%. Em Portugal, e de acordo com os números mais recentes da ACAP, a BMW (i3 e i8) foi a quarta marca de elétricos mais vendida entre janeiro e outubro de 2019, com 451 automóveis (7,7%), de um total de 5.857. Por cá, Tesla, Nissan e Renault ocuparam em outubro o pódio das vendas de elétricos.

“Mesmo entre entre os vários países europeus há enormes diferenças. Depende das políticas de cada um, dos apoios plíticos e da vontade dos consumidores em fazerem a transição para a mobilidade elétrica. Mas o motor de combustão vai continuar a existir, mas mais eficiente e com menos emissões”, garante o responsável pela área de Sustentabilidade do Grupo BMW.

Além de estar apostada em duplicar a venda de elétricos, a marca alemã quer também ver crescer a rede de carregadores não só no seu país como em todo o continente. Na semana passada, contou Klugescheid, a indústria reuniu-se com a chanceler alemã em Berlim e o governo mostrou-se disponível para dar milhares de milhões de euros para expandir a rede de carregamentos elétricos no país. “A infra estrutura é necessária. Vender carros elétricos por si só não vale de nada. Temos de trabalhar em conjunto com o setor energético”, disse o representante da BMW.

E acrescentou: “Se temos os nossos veículos elétricos nas estradas temos de ajudar a construir a rede de carregamentos para os abastecer. Há uma iniciativa para construir 400 carregadores rápidos e super rápidos nas principais estradas europeias, a Ionity, e nós também nos comprometemos até 2021 em construir 4100 pontos de carregamento na Alemanha em instalações da BMW, abertas ao público”.

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