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O banco BPI registou lucros de 60 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, uma subida expressiva face ao mesmo período do ano passado. De janeiro a março de 2020, o banco liderado por João Pedro Oliveira e Costa tinha obtido um resultado líquido na casa dos 6 milhões de euros.
Na atividade em Portugal, de acordo com a informação prestada ao regulador do mercado de capitais, a Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o BPI teve um resultado líquido de 54 milhões de euros até março deste ano, um valor muito acima dos 4 milhões de euros registados no mesmo período do ano passado, “quando se registaram imparidades significativas para prevenir potenciais impactos da pandemia. O contributo das participações minoritárias no BFA e BCI foi de 6 milhões de euros no trimestre”.
Os depósitos dos clientes do BPI cresceram 11% de janeiro a março face ao período homólogo de 2020, ascendendo a 26 618 milhões de euros, representando “69% do ativo e constituem a principal fonte de financiamento do balanço. A quota de mercado dos depósitos ascendeu a 10.7% em março de 2021”.
Os dados do Banco de Portugal têm vindo a demonstrar um aumento da taxa de poupança das famílias, sendo os depósitos um dos mecanismos adotados pelos particulares para canalizar as suas poupanças. No final de abril, os números do banco central indicavam que os depósitos das famílias tinham subido para um recorde de 164,6 mil milhões em março.
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Os ativos sob gestão do BPI cifraram-se em 9 805 milhões de euros, “com destaque para os fundos de investimento que cresceram 21.7% em termos homólogos. Os recursos totais de clientes cresceram 9.7%, totalizando 37 704 milhões de euros no final de março de 2021”.
A carteira total de crédito a clientes do BPI subiu 6,2% face ao mesmo período do ano passado para 26 031 milhões de euros. No que diz respeito à carteira de crédito a empresas cresceu 7.2% para 10 204 milhões de euros, de acordo com a informação enviada ao regulador. E a carteira de crédito hipotecário totalizou 12 189 milhões de euros, o que representa mais 5.8% do que no primeiro trimestre do ano passado.
“O produto bancário registou um crescimento significativo de 17.1% face ao período homólogo, o que reflete o desempenho robusto dos proveitos core (produto bancário comercial +3.8% yoy) e o aumento dos resultados em operações financeiras”, diz o banco.
A margem financeira cresceu 3.1% para 113 milhões de euros, “suportada pelo crescimento do volume de crédito e pelo contributo da atividade de gestão do balanço (Asset/ Liability Management – ALCO), apesar do estreitamento da margem de intermediação e dos desafios colocados por um enquadramento de taxas de juro de mercado negativas”.
O CEO do banco, em comunicado presente na CMVM, explica que os três primeiros meses deste ano ficaram marcados “pela forte dinâmica da atividade comercial, que mostra a capacidade do BPI em ajustar-se ao contexto criado pela persistência da pandemia”.
“Registámos um crescimento significativo do produto bancário, assente na resiliência da margem financeira, no aumento da venda de produtos de poupança e investimento (seguros de capitalização e fundos de investimento) e na gestão rigorosa do balanço. E continuamos a ganhar quota de mercado no crédito. Sabemos que o restante ano de 2021 será ainda muito difícil, mas o BPI mostrou que conta com equipas empenhadas e a robustez financeira necessária para continuar a apoiar famílias e empresas, e com a Fundação “la Caixa”, reforçar o seu compromisso social”, acrescenta em comunicado.
(Notícia atualizada pela última vez às 11h41)
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