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O Banco BPI concedeu moratórias a famílias e empresas abrangendo um valor global de 5.620 milhões de euros de crédito e 97,5 mil contratos.
Do montante global, 98,2% são contratos de crédito em “situação regular”, referiu o banco no comunicado com os resultados de 2020.
Ao todo, o BPI concedeu moratórias a contratos de crédito à habitação num valor de 2.495 milhões de euros.
No caso do crédito pessoal e financiamento automóvel, estão incluídos na medida contratos de clientes do banco da ordem dos 333 milhões de euros.
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No segmento empresarial, estão com as prestações suspensas contratos de empresas clientes do BPI no montante de 2.792 milhões de euros.
Em termos de linhas de financiamento com garantia estatal, o BPI anunciou que “recebeu cerca de 8.400 candidaturas às linhas de crédito de apoio público covid-19 correspondentes a 722 milhões de euros, em crédito contratado pelo BPI e crédito aprovado ou em análise pela SGM”.
O banco tem ainda 2.909 milhões de euros de linhas de crédito BPI Empresas “disponíveis para utilização imediata no final de 2020”.
Solução para o fim das moratórias
João Pedro Oliveira e Costa, presidente executivo do BPI, defendeu esta quinta-feira que qualquer solução para o fim da vigência das moratórias deve ter em conta que a crise não está a afetar todos os setores por igual.
“A situação não é exatamente igual para todos. Haverá setores mais afetados”, disse o banqueiro na conferência de imprensa sobre os resultados de 2020, também transmitida online.
“Qualquer solução terá que ser sempre vista dessa dicotomia de situações. Ainda é muito cedo para se estar a falar para setembro de 2021”, adiantou.
Lembrou que cerca de 25% das moratórias vão-se vencer já em março deste ano e cerca de 70% vencem no final de setembro.
“Temos vindo a acompanhar muito de perto todas as situações de clientes que têm moratória. O que nos verificamos é que mais de 98% dos clientes que têm moratória não pioraram a sua situação financeira e, por isso, não antevemos para já um problema significativo”, afirmou.
“Penso também que não é muito positivo tentarmos pensar sempre que haverá aqui uma situação mais difícil ou suficientemente difícil que ponha em em causa as instituições financeiras. É prematuro estar a pensar que haverá uma situação desse nível de alarme”, sublinhou.
Atualizada às 16H08 com mais informação
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