//BPP: Lesados consideram “escândalo” 4,1 milhões gastos pela comissão liquidatária em ordenados e custos

BPP: Lesados consideram “escândalo” 4,1 milhões gastos pela comissão liquidatária em ordenados e custos

A Associação Privado Clientes consultou o processo da Comissão Liquidatária do Banco Privado Português (BPP) junto do Tribunal do Comércio e diz que, do último relatório de 2020, “consta como ‘custo com pessoal’ 2,0 milhões de euros”.

Refere ainda que na rubrica ‘outros gastos administrativos’ está inscrito o valor de 2,1 milhão de euros, mas sem ser especificado pela Comissão Liquidatária a que se referem esses custos.

“O facto é que somado ao ‘custo com pessoal’ tem-se uma despesa administrativa de, no mínimo, 4,1 milhões de euros anuais, valor que representa um verdadeiro escândalo se levarmos em conta que os credores esperam há mais de 11 anos” por serem compensados, afirma a Associação Privado Clientes.

Os lesados dizem que o processo não indica quem são os 28 trabalhadores nem o valor de remuneração de cada um deles, acrescentando que se for feita “uma conta rápida”, então, “em média, cada um desses 28 colaboradores custa mais de 70 mil euros anuais, pagos com o dinheiro dos credores”.

Quanto a valores fixo mensais, refere que de concreto o processo apenas refere as remunerações mensais propostas pelo Banco de Portugal e que o tribunal aceitou e fixou para 2021: o presidente, Manuel Paulo, ganha 4.650 euros por mês e os vogais José Pedro Simões e José Vítor Almeida ganham cada um 3.500 euros mensais.

Em 2020, a Comissão Liquidatária do BPP teve um prejuízo de 4,2 milhões de euros, ainda segundo o último relatório desse ano consultado pelos lesados do BPP.