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O centro de negócios digitais e inovação Brain instalou-se na capital portuguesa, em março. A Brain é uma subsidiária da brasileira Algar Telecom, que em Lisboa dá os primeiros passos rumo à internacionalização. A equipa criada em Portugal ainda é pequena, mas o objetivo é claro e ambicioso: explorar novos negócios, captar recursos e tornar-se numa ponte entre os ecossistemas de inovação brasileiro e europeu.
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“Temos alguns objetivos principais: ampliar o relacionamento com o ecossistema local para desenvolver novas oportunidades de negócio; fortalecer a frente de Inovação & Desenvolvimento [I&D] em tecnologias disruptivas, captar recursos financeiros para a inovação e atrair talentos”, revela Zaima Milazzo, diretora de inovação da Algar Telecom e presidente do centro de inovação Brain, em entrevista ao Dinheiro Vivo.
A internacionalização da unidade de inovação da Algar Telecom será feita a partir de Portugal porque, sublinha Zaima Milazzo, o país “vive um amplo desenvolvimento tecnológico e vem apoiando ideias inovadoras nos mais diversos segmentos, inclusive criando políticas públicas que incentivam a criação de empresas, o que promove um ecossistema e catálogo de oportunidades riquíssimos”. No fundo, a Brain procura abrir portas na Europa, a partir de Portugal.
A aproximação da Brain a Portugal começou em 2020 “com a realização de uma tour virtual no ecossistema português e algumas ações com empresas e negócios do país”. “No ano seguinte, 2021, foi lançada a primeira edição de um programa internacional de Open Innovation”, acrescenta a presidente da Brain. E, em janeiro deste ano, a filial da Algar Telecom fechou uma parceria com a Universidade Federal de Uberlândia (Brasil) e o Instituto de Telecomunicações (Aveiro), “para atuação conjunta em projetos de inovação”.
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As oportunidades que a Brain vai procurar explorar estarão, sobretudo, alicerçadas na quinta geração da rede móvel (5G), em blockchain e Internet das Coisas, mas também em computação quântica e redes de telecomunicações. Tudo para desenvolver ferramentas para a indústria, o retalho ou para aprofundar a inovação no agronegócio e smart spaces.
Para já, a equipa da Brain em Portugal é composta por duas pessoas, mas a ideia é crescer. “A nossa ambição é ser um articulador relevante do ecossistema de inovação europeu, tendo Portugal como porta de entrada. Esse é um movimento bastante relevante e estratégico. Queremos conectar o que tem de melhor a Europa com as necessidades do Brasil, prospetando soluções inovadoras e acelerando a inovação digital do grupo Algar”, argumenta.
A Brain está instalada no espaço de coworking Atlantic Station, da Atlantic Hub, a partir do qual já “auxilia mais de 70 organizações brasileiras em processos de internacionalização”.
Criada em 2017 pelo grupo Algar (fundada pelo português Alexandrino Garcia, em 1954), a Brain funciona como um “instituto de ciência e tecnologia”, que procura ” pensar novos modelos de negócio e promover a renovação do modelo de trabalho da Algar Telecom”. Tem sede em Uberlândia, no Estado de Minas Gerais, e tem filiais em São Paulo e Recife.
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