//Brisa corta dividendos para metade. Acionistas recebem 64,6 milhões

Brisa corta dividendos para metade. Acionistas recebem 64,6 milhões

A Brisa cortou os dividendos aos acionistas em praticamente metade. Os investidores no grupo que detém a concessionária de autoestradas vão receber um total de 64,6 milhões de euros em vez dos 120 milhões de euros inicialmente propostos, segundo a decisão tomada na quarta-feira em assembleia-geral e noticiada esta sexta-feira pelo Jornal de Negócios.

Dos 151,9 milhões de euros de lucros em 2019, a assembleia-geral da Brisa aprovou a aplicação de 64,6 milhões de euros para pagamento de dividendos e de 87,3 milhões de euros para reservas livres.

A reunião magna de acionistas, contudo, não foi terminada: está suspensa, até 31 de julho, a eleição dos novos órgãos sociais para o triénio 2020-2022. A culpa é do processo de venda de 81,1% do capital social da Brisa.

“Por solicitação dos representantes dos acionistas, que consideraram que na fase presente de concretização do processo de venda de uma parte muito significativa do capital da sociedade, não estarão ainda reunidas as condições para eleger os novos órgãos sociais para o triénio 2020-2022, a Assembleia Geral foi suspensa até ao próximo dia 31 de julho, para então deliberar sobre esta matéria”, refere o comunicado.

Dia 28 de abril, o grupo José de Mello e o fundo Arcus acordaram a venda de 81,1% da Brisa a um consórcio de investidores internacionais: a gestora de ativos holandesa APG (gestora de ativos do fundo de pensões dos funcionários públicos e do setor da educação da Holanda), o serviço de pensões da Coreia do Sul NPS e a gestora de ativos SLAM (pertencente à seguradora Swiss Life).

A operação deverá ficar concluída no terceiro trimestre deste ano e prevê que Vasco de Mello continue como presidente do conselho de administração da Brisa.

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