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A Boyden, líder no país no recrutamento de quadros de alta direção, quer ser uma parceira do tecido económico do Norte. A “caça-executivos” de origem norte-americana, onde Rui Rio trabalhou após ter terminado o seu mandato à frente da Câmara do Porto e até assumir a presidência do PSD, considera reunir as competências certas para apoiar o crescimento e a profissionalização das empresas da região. O escritório no Porto está por isso focado em responder às necessidades de perfis de liderança da indústria nortenha, ainda muito caracterizada por empresas de caráter familiar, das multinacionais presentes na região, nomeadamente as ligadas ao setor automóvel, e das empresas de serviços partilhados, que nos últimos anos se instalaram no território.
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Bernardo Costa Macedo é o partner da Boyden Portugal que está à frente da sucursal na Invicta, aportando uma experiência de 27 anos na consultora Accenture. Na sua opinião, “é importante – e as empresas têm cada vez maior consciência disso -, aprofundar competências e oxigenar as organizações, introduzir ideias novas e diferentes que permitam diversificar o pensamento” dentro da estrutura. Num mercado tão competitivo, é crucial que “as empresas se renovem, se atualizem, e neste processo receber pessoas de fora, com sangue novo, ajuda a enriquecer a empresa”. O responsável lembra que as multinacionais há muito que conhecem estas regras, mas as empresas familiares estão também a ganhar consciência da necessidade de renovação e sangue novo.
Nesse caminho, a Boyden afirma-se especialista em encontrar a pessoa certa para a função requerida e para o local/país pretendido. De momento, a marca regista um movimento assinalável de empresas à procura de CFO (chief financial officer ou, em português, administrador financeiro), devido à “inflação e à complexidade crescente que veio trazer ao mercado”, sendo que anteriormente a demanda estava muito focada na área dos recursos humanos, com as organizações a procurarem dar resposta à era pós-covid, diz Bernardo Costa Macedo. O trabalho da Boyden é encontrar no mercado o perfil técnico de liderança definido pelo cliente. “Vamos à procura, normalmente nas empresas, e desafiamos essas pessoas para oportunidades onde podem rentabilizar melhor os seus talentos”. O processo implica uma grande reserva. Esses profissionais “estão a trabalhar e bem, gostam do que fazem, e para haver uma mudança tem que ser para melhor”, frisa.
A pesquisa destes quadros segue um processo sistemático e multidisciplinar e a seleção tem em conta as hard skills (formação e conhecimentos técnicos), mas também as soft skills (inteligência emocional, capacidade de liderança, gestão de equipa, entre outras) que Bernardo Costa Macedo considera “muito importantes e condição do sucesso dentro das organizações”. Como sublinha, a Boyden avalia competências como a capacidade de delegação, a responsabilização por ações tomadas, motivações, estilo de decisão, perfil mais orientado à gestão ou à liderança. A principal preocupação é selecionar um executivo que se enquadre nas pretensões do cliente.
Entre quatro a seis semanas, a Boyden consegue dar resposta ao mercado no caso de posições de liderança, como CEO ou administradores de pelouros. Já se a pretensão for substituir o empreendedor/fundador da empresa por um alto quadro externo, o processo pode ser mais longo. É que nestes casos é necessário ter especial atenção ao acerto cultural entre o profissional e a organização. Os números da atividade dão conta do sucesso das escolhas da Boyden. Segundo Bernardo Costa Macedo, cerca de 80% dos clientes recorrem novamente à empresa quando necessitam de preencher novas posições. Sem adiantar resultados concretos, o responsável frisa que a operação quer a nível nacional quer no Porto “é saudável”.
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