//Cadeia de sushi Noori prepara entrada no Porto

Cadeia de sushi Noori prepara entrada no Porto

A cadeia de sushi Noori prepara-se para abrir três novos restaurantes este ano, um deles no Porto, marcando a entrada da cadeia do grupo de SC na Invicta. O grupo de Diogo Sousa Coutinho, que gere o Mercado de Campo de Ourique, está ainda a analisar três novos mercados e espera faturar 14 milhões de euros este ano.

A Noori, que assinala em 2019 dez anos, tem vindo a crescer, tendo o ano gerado 5,3 milhões de receitas o ano passado. “O Noori tem progredido todos os anos, e especificamente de 2017 para 2018, só em lojas físicas conseguimos crescer dois dígitos, o que a juntar às entregas, que pesaram cerca de 20% nas vendas finais, se traduz no total, a um aumento de um terço das vendas, ou seja, 35%”, adianta Diogo Sousa Coutinho, CEO do grupo SC, ao Dinheiro Vivo.

Com o negócio das entregas de comida ao domicílio a registar uma subida de 9% o ano passado, segundo dados da Nielsen, a cadeia “adaptou-se bastante bem a esta nova realidade das entregas, criando até dois pontos de venda quase exclusivos para este propósito”, lembra Diogo Sousa Coutinho. Resultado? As entregas já representam 20% das vendas da cadeia.

O ano passado o grupo introduziu um novo conceito na cadeia de sushi, tendo investido 800 mil euros na renovação dos espaços e ainda aberto dois novos restaurantes, no Fonte Nova e na Expo. “A abertura de novos espaços Noori tem sido realizada de forma gradual. De momento estão previstas novas lojas também no Central Park, no Oriente e no Porto”, adianta Diogo Sousa Coutinho. No total, o Noori irá contar com 12 lojas. Só no shopping Central Park, em Linda-a-Velha, o grupo deverá investir cerca de 350 mil euros.

O Mercado de Ourique é outros dos projetos do grupo, que só ano passado gerou uma receita de 4,1 milhões. “Existe em Portugal uma ‘febre e hábito alimentar’ de ir ao mercado, que se interiorizou nos portugueses. O primeiro passo desta cadeia de mercados surgiu há 5 anos e, hoje em dia, estamos a estudar mais três mercados, dois em Lisboa e outro fora”, adianta Diogo Sousa Coutinho, sem revelar quais os mercados sob análise.

Casa do Presidente: “É um grande investimento, e acima de tudo, representa um grande risco”

Resultados menos evidentes tem tido o projeto do grupo para Monsanto. A concessão a 30 anos, inclui vários espaços – a Casa do Presidente, a Quinta da Pimenteira, duas casas de guardas florestais e o Moinho do Penedo – e implicou um investimento de mais de 3 milhões, que exigiu, pela primeira vez, o recurso a empréstimo bancário.

“De todos os projetos, a Casa do Presidente é o menos claro e viável, porque é um grande investimento, e acima de tudo, representa um grande risco. Se eu não tivesse o barco do Noori, o mercado de Cascais, e outros negócios, era incapaz”, admite Diogo Sousa Coutinho.

“A venda da Casa do Presidente surgiu como uma iniciativa da Câmara Municipal de Lisboa que montou um concurso público internacional onde a casa era uma das peças. De facto, a casa estava abandonada e ninguém lhe dava uso. Foi um grande investimento, mais de 500 e tal mil euros, do qual eu dizia que não era negócio, pelo menos não é um negócio evidente. E, pela primeira vez, tivemos de pedir um financiamento ao banco”, continua.

O empresário comenta ainda a polémica que envolveu a Casa do Presidente, que foi notícia por estar listada no Alojamento Local. “Após a notícia, houve um aumento de jornalistas que iam lá dormir, e o facto de nós continuarmos com o nome ‘Casa do Presidente’ também não ajudou à polémica, mas acho que para nós foi uma grande ajuda porque a publicidade é sempre boa”, diz.

O grupo SC está ainda a explorar a Quinta da Pimenteira, um espaço com 6,6 hectares, nos antigos viveiros de Lisboa, e onde o grupo está a investir 3 milhões de euros.

“A Quinta da Pimenteira, situada na zona dos viveiros, é um grande investimento, onde temos lá uma série de quartos e um grande espaço para eventos. Está, neste momento em construção, mas prevê-se que se encontre pronta daqui a 5 meses. Um investimento total na Quinta da Pimenteira são 3 milhões de euros, e só em contrapartidas para a câmara já vamos em mais de 800 mil euros”, adianta Diogo Sousa Coutinho.

O ano passado o grupo, que gere ainda a praça de restauração Cascais Kitchen (2,6 milhões), no CascaiShopping, fechou com um volume de negócios de 12 milhões, uma subida face aos 9,5 milhões obtidos em 2007.

Em 2019 “vamos entrar com dois negócios na área do desporto previstos para o meio e fim do ano”. A estimativa é fechar nos 14 milhões de euros de receitas.

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