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O Crédit Agricole Leasing & Factoring (CAL&F) Portugal comprou faturas no montante de 2832 milhões de euros no ano passado, o que correspondeu a um crescimento de cerca de 28% face a 2021.
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Os resultados de 2022 foram “impulsionados pela conquista de novos clientes, pelo crescimento da atividade dos clientes já existentes e também pelos efeitos da inflação que se refletiram positivamente nos resultados do Factoring”, explicou José Pacheco, CEO da CAL&F Portugal, ao Dinheiro Vivo.
Já 2023 “apresenta-se como um ano distinto, mais trabalhoso, mais difícil, com empresários cada vez mais cautelosos na tomada de decisões e contratação de novos produtos, consequência certamente do fim das moratórias e de outros apoios criados no âmbito do covid-19”.
No entanto, José Pacheco admite que, apesar de ser um ano “com dificuldades acrescidas, o CAL&F Portugal comprou nos primeiros seis meses de 2023, o montante de 1433 milhões de euros, um crescimento de 4% face a igual período do ano transato”.
Avançar com o leasing em Portugal
Presente em Portugal desde 1992, com mais de 30 anos de atividade, o CAL&F teve uma quota de mercado global (factoring + reverse factoring/confirming) de cerca de 6,7%, em 2022, avançou o CEO, explicando que, para futuro, apesar de o grupo não ter banca comercial em Portugal, o objetivo é “continuar a crescer, aumentando a quota de mercado global e manter a liderança no factoring de exportação, atualmente com uma quota perto de 30%”. Outro dos objetivos “num futuro próximo” é ter a “comercialização do produto leasing em Portugal”.
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Face à atual conjuntura, “com o aumento da taxa de inflação, pesada carga fiscal, elevados custos de produção e matérias-primas, agravados pela constante subida das taxas de juro”, João Pacheco considera que, “através do factoring, as empresas conseguem a antecipação das suas faturas, a gestão e o acompanhamento atempado das cobranças e ainda a possibilidade de cobertura de risco de crédito sobre os seus devedores, afastando alguma incerteza ou insegurança no recebimento das suas faturas, podendo complementar as suas necessidades através do produto de reverse factoring que lhes permitirá dilatar os prazos de pagamento aos seus fornecedores”.
Aposta no digital
O Grupo Crédit Agricole – segundo José Pacheco, “o 10.º maior grupo bancário do mundo, um dos líderes europeus no financiamento de projetos e o primeiro banco de seguros na Europa” – escolheu Portugal para o arranque de uma nova plataforma informática, em abril de 2022, para apoiar todas as entidades do grupo, para clientes e trabalhadores.
“A nova plataforma, que permite aos clientes um acesso muito mais simples e imediato na gestão diária da sua conta clientes e fornecedores, traz também consigo dois novos produtos de factoring sem recurso, inovadores em Portugal”, detalha o gestor.
Uma das ferramentas, designada por “Mandate Managed Factoring” (MMF), “direciona-se para médias e grandes empresas. Distingue-se dos produtos disponíveis no mercado, pela possibilidade efetiva da compra da totalidade dos saldos em aberto da conta corrente dos clientes, em vez da compra de faturas. Permite ainda ao cliente o controlo total das cobranças, mantendo o arquivo e os seus processos internos”.
Já o “International Factoring Pass (IFP) é descrito pelo CEO como sendo “vocacionado para empresas pertencentes a grupos internacionais com filiais em países da Europa, mas que pretendam um contrato de factoring único e com uma gestão centralizada”.
Após mais de um ano em vigor, José Pacheco assinala que a plataforma teve o mérito de permitir “que o cliente, a qualquer momento e em qualquer lugar, possa consultar a sua conta corrente, efetuar pedidos de financiamento, solicitar limites de crédito ou até a inclusão de novos devedores”, reduzindo assim a carga a administrativa e tornando mais célere a resposta ao cliente.
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