A Câmara do Seixal (CDU), no distrito de Setúbal, informou esta quarta-feira que vai avançar com a implementação do novo passe social, num investimento de mais de 1,5 milhões de euros, que acontece “mesmo com os votos contra da oposição”.
Em comunicado, a autarquia revelou que na última assembleia municipal, que decorreu entre segunda e terça-feira, o PS, PSD, CDS, PAN e presidente da Junta de Freguesia de Fernão Ferro, Carlos Reis, votaram contra a implementação do novo passe social intermodal no concelho.
Ainda assim, o município revelou que vai transferir mais de 1,5 milhões de euros para a Área Metropolitana de Lisboa (AML), para custear a implementação do novo passe em todos os modos de transporte e em todos os concelhos daquela região, com o custo máximo de 40 euros.
Para a Câmara do Seixal, a oposição demonstrou “enorme insensibilidade” sobre uma necessidade das populações, considerando que o motivo para este voto foram os “interesses partidários contrários ao desenvolvimento e reforço da qualidade de vida”.
“Esta é a segunda vez que estes o fazem, uma vez que votaram contra esta medida em novembro de 2018, pois este assunto constava da proposta das Grandes Opção do Plano e Orçamento da Câmara Municipal do Seixal para 2019, afirmou.
A autarquia referiu, assim, que ao reprovarem o orçamento municipal, os partidos também votaram contra outras necessidades, como a continuação do programa de realojamentos em Vale de Chícharos, mais conhecido como bairro da Jamaica, a ampliação de duas escolas básicas ou a construção da unidade de cuidados continuados da Arrentela.
Apesar da votação, a câmara comunista garante que, com o apoio do Bloco de Esquerda, “vai concretizar todos estes importantes investimentos”.
O passe único entra em vigor a partir de 01 de abril, na AML e deverá custar, no máximo, 40 euros mensais por utente, permitindo que as crianças até aos 12 anos viajem gratuitamente e mantendo os descontos para estudantes, reformados e carenciados.
A AML é composta pelos municípios de Alcochete, Almada, Amadora, Barreiro, Cascais, Lisboa, Loures, Mafra, Moita, Montijo, Odivelas, Oeiras, Palmela, Seixal, Sesimbra, Setúbal, Sintra e Vila Franca de Xira.
Sintra e Lisboa são os municípios que mais vão contribuir para o cofinanciamento anual superior a 30 milhões de euros para viabilizar a empresa Carris Metropolitana.
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