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“Devido à greve do serviço de ‘handling’ [assistência em terra à aviação] da Groundforce, dos 511 voos previstos hoje para o aeroporto de Lisboa estão cancelados, até ao momento, 301 voos (160 chegadas e 141 partidas) e previstos serem operados 210 (102 chegadas e 108 partidas)”, referiu fonte oficial da empresa gestora de aeroportos, citada pela Lusa.
No aeroporto do Porto, este primeiro balanço à Lusa indica que, para já, estão cancelados para o dia de hoje 13 chegadas e 13 partidas, num total de 327 se somados aos de Lisboa.
Numa atualização deste primeiro balanço, a ANA indicou que nos aeroportos de Faro, Madeira e Porto Santo estão canceladas três partidas e três chegadas em cada um, num total de 18 voos afetados.
Tal como no sábado, a empresa gestora dos aeroportos apela aos passageiros com voo marcado para hoje para que se informem sobre o estado do mesmo, antes de se deslocarem para o aeroporto.
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“Apelamos aos passageiros com voos cancelados que não se dirijam ao aeroporto de Lisboa e procurem informação através de outros canais, digitais e telefónicos”, adiantou a empresa.
As companhias aéreas que utilizam o Terminal 2 do aeroporto de Lisboa – as ‘low cost’ – e as que operam com outra empresa de assistência em escala, que não a Groundforce, mantêm a sua operação regularizada.
Durante o dia de sábado a greve nos serviços de ‘handling’ (apoio de terra à aviação) da Groundforce cancelou 242 voos no aeroporto de Lisboa – 107 chegadas e 135 partidas.
No aeroporto do Porto, a greve levou ao cancelamento de 18 voos (nove chegadas e nove partidas), em Faro e na Madeira foram canceladas três chegadas e três partidas em cada um dos aeroportos e no Porto Santo a paralisação obrigou a cancelamento de quatro ligações aéreas.
O facto de a maior parte das situações abrangidas pelos serviços mínimos decretados para esta greve se terem esgotado durante o dia de sábado, deverá levar a uma subida do número de partidas e chegadas canceladas nos aeroportos nacionais.
Hoje cumpre-se o segundo dia da greve convocada pelo Sindicato dos Técnicos de Handling de Aeroportos (STHA), como protesto pela “situação de instabilidade insustentável, no que concerne ao pagamento pontual dos salários e outras componentes pecuniárias” que os trabalhadores da Groundforce enfrentam desde fevereiro de 2021.
A paralisação vai prolongar-se ainda pelos dias 31 de julho, 01 e 02 de agosto.
Além desta greve, desde o dia 15 de julho que os trabalhadores da Groundforce estão também a cumprir uma greve às horas extraordinárias, que se prolonga até às 24:00 do dia 31 de outubro de 2021.
A Groundforce é detida em 50,1% pela Pasogal e em 49,9% pelo grupo TAP, que, em 2020, passou a ser detido em 72,5% pelo Estado português.
A TAP garantiu no sábado que não tem quaisquer pagamentos em atraso à Groundforce, depois de a empresa de ‘handling’ ter acusado a companhia aérea de uma dívida de 12 milhões de euros por serviços já prestados.
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