//Carlos Tavares garante marcas na fusão PSA/Fiat

Carlos Tavares garante marcas na fusão PSA/Fiat

A fusão entre Peugeot-Citroën (PSA) e Fiat-Chrysler (FCA) não vai pôr em causa as marcas dos dois grupos automóveis. A garantia foi dada esta sexta-feira por Carlos Tavares, presidente executivo do grupo PSA, e arquiteto da operação que pode criar o quarto maior grupo automóvel mundial.

“Aos dias de hoje, não vejo necessidade de dispensar qualquer uma das marcas se o negócio for aprovado. Cada uma tem a sua história e as suas forças”, afirmou o gestor português em entrevista à estação francesa BFM Business, citada pela Reuters.

A PSA conta com cinco marcas: Peugeot, Citroën, Opel, DS e Vauxhall. A FCA conta no portfólio com nove insígnias: Fiat, Alfa Romeo, Chrysler, Abarth, Maserati, Jeep, Ram, Dodge e Lancia.

“Não há dúvida de que este negócio é muito bom para as duas partes”, destacou Tavares. No novo grupo automóvel, prevê-se que PSA e FCA fiquem, cada uma, com 50% das ações na nova empresa. Além de concentrarem recursos para cumprirem as novas metas de emissões, estas marcas vão poder partilhar investimentos em carros elétricos e autónomos.

Acordo entre FCA e PSA vai dar origem ao quarto maior grupo mundial

Neste momento, franceses e italo-americanos estão a negociar os detalhes da operação, que terá de passar pela avaliação dos Governos de Paris e de Roma. Carlos Tavares já veio garantir que as fábricas das duas empresas vão manter-se. Só que não há garantias em relação aos 400 mil postos de trabalho que estas insígnias têm no total.

“Isso é uma questão de toda a indústria automóvel, não da PSA. As margens de venda continuam sob pressão e é preciso encontrar constantemente ganhos de produtividade”, avisou o gestor português. Nesta fusão, PSA e FCA esperam poupanças anuais na ordem dos milhares de milhões de euros.

Escala global: O que vai mudar com a fusão FCA-PSA?

Uma eventual fusão só deverá estar concluída no final de 2020. “Considerando todas as necessidades de aprovação das entidades reguladoras, uma operação deste género não poderá ficar fechada em menos de um ano.”

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