//Carreiras da Carris Metropolitana em Setúbal não saíram por falta de formação dos motoristas

Carreiras da Carris Metropolitana em Setúbal não saíram por falta de formação dos motoristas

Cerca de 90% das carreiras urbanas e interurbanas da Carris Metropolitana previstas para esta segunda-feira na região de Setúbal não se realizaram porque os motoristas desconheciam os percursos e as paragens definidas pelo novo operador, revelou fonte sindical.

“Os trabalhadores fizeram uma paralisação espontânea esta segunda-feira por não terem tido formação sobre os novos horários e percursos das carreiras, mas, entretanto, já houve um acordo entre a Alsa Todi, a nova operadora de transportes rodoviários nos concelhos de Alcochete, Moita, Montijo, Palmela e Setúbal, e a TML, Transportes Metropolitanos de Lisboa, entidade responsável pela gestão dos transportes públicos na Área Metropolitana de Lisboa, para que sejam retomados os horários da anterior operadora, TST, nos próximos 15 dias”, disse à agência Lusa Fernando Fidalgo, da Fectrans – Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações.

Segundo o sindicalista, “os trabalhadores não tinham conhecimento nem dos novos percursos nem dos novos horários, e, ainda por cima, as chapas de serviço (onde está toda a informação sobre o serviço que o trabalhador vai fazer durante o dia, onde faz os intervalos e refeições) estavam em espanhol”.

“Perante isto, muitos trabalhadores não iniciaram o serviço, fizeram uma paralisação espontânea e determinaram que, ou lhes era dada a formação e o conhecimento suficiente para desempenharem as suas funções, ou então colocavam alguém nas viaturas que lhes ensinasse o caminho. Como nada disso aconteceu, vão continuar parados durante todo o dia”, acrescentou.

De acordo com Fernando Fidalgo, perante a situação criada em Setúbal, “a Fectrans e outros sindicatos reuniram-se com os trabalhadores, fez-se um levantamento dos problemas, reuniu-se com a administração da Alsa Todi” e chegou-se à “conclusão que seriam retomados os serviços e os horários da anterior operadora, que era a TST, durante um período de 15 dias. E, durante este período, a Alsa Todi irá dar a formação necessária aos trabalhadores, para que possam depois fazer os novos serviços e os novos horários”.

A Câmara Municipal de Setúbal revelou, entretanto, que, “perante as dificuldades sentidas nos primeiros dias de operação da Carris Metropolitana no concelho, tem vindo a manifestar a preocupação da autarquia com os problemas surgidos, em particular no que diz respeito ao incumprimento de horários e lotações dos autocarros, junto da TML.