//Cartaxo não é só vinho: há móveis e com tecnologia

Cartaxo não é só vinho: há móveis e com tecnologia

Seguimos na Estrada Nacional 3 a caminho de Santarém depois de termos saído do centro da cidade do Cartaxo. No trajeto, encontramos um pequeno e escondido armazém branco que parece igual a tantos outros em pleno Ribatejo. Só quando entramos nas instalações da Greenapple é que descobrimos que há uma empresa a fabricar móveis no Cartaxo, de alta qualidade, e que até já têm tecnologia incorporada.

Mas nem sempre foi assim. “Começámos o negócio em 2005 com 30 mil euros de investimento próprio. Vendíamos acessórios para floristas e lojas de decoração, muito focados no mercado nacional e com crescimento rápido e sustentável”, recorda ao Dinheiro Vivo o líder da empresa de mobiliário, Sérgio Rebola.

O discreto empresário mostra-nos as instalações zona a zona. Mal entrámos na fábrica encontrámos um dispositivo criado em plena pandemia: o Bio Check-in consegue analisar a temperatura através do pulso e higienizar as mãos em menos de cinco segundos.

Desenvolvido em parceria com o Instituto Superior Técnico, o equipamento pode ser controlado através de uma aplicação móvel e está colocado à entrada de empresas e unidades produtivas.

A viragem para a tecnologia deu-se uma década antes, em 2011. “Começámos a sentir que o nosso segmento de mercado ia passar mal”, recorda Sérgio Rebola.

Logo no ano seguinte, a empresa do Cartaxo estreou-se em feiras internacionais. “Estávamos em Milão quando uma senhora sul-coreana olhou para um pequeno banco que tínhamos no nosso espaço. O banco era importado da China.” Depois disto, veio o diálogo que transformou a Greenapple: