Partilhareste artigo
Catarina Furtado e Alexandra Machado são as grandes vencedoras da edição de 2020 dos prémios Dona Antónia, que hoje são entregues, em cerimónia restrita, na Quinta do Porto, propriedade adquirida pela emblemática Ferreirinha, em 1863, no Pinhão, hoje detida pelo grupo Sogrape.
A apresentadora de televisão e fundadora da Associação Corações com Coroa foi distinguida com o Prémio Consagração de Carreira, nesta 33ª edição dos Prémios Dona Antónia. Já a jovem empreendedora, fundadora e diretora-geral da Girl Move Academy, organização não-governamental portuguesa criada, em 2013, com o objetivo de “mpoderar” uma nov ageração de líderes em Moçambique, é a vencedora do prémio Revelação.
Uma distinção que Catarina Furtado diz ser um “verdadeiro privilégio” por diferentes razões, a começar pelo cariz emocional já que, enquanto atriz participou na série de televisão “A Ferreirinha”, onde representou o papel de Ana Plácido, tendo tido oportunidade de ficar a conhecer a “notável vida de uma mulher altruísta, solidária e muito à frente no seu tempo”.
Mas também porque a atribuição do prémio está, exclusivamente, ligada à sua “missão de vida”, designadamente como Embaixadora da Boa Vontade do Fundo das Nações Unidas para a População, para além de fundadora e presidente da Organização Não Governamental para o Desenvolvimento (ONGD) “Corações Com Coroa”. “Através do exercício de uma permanente responsabilidade cívica, tento promover todos os dias os direitos humanos, a igualdade de oportunidades e combater a desigualdade de género. Por isso, estou muito feliz com esta distinção e deixo aqui um agradecimento especial à Sogrape”, sublinha.
Subscrever newsletter
Já Alexandra Machado destaca o “imenso orgulho” com a distinção, defendendo que o mundo precisa de Dona Antónia, da inspiração que gera e do exemplo que é. “Não tenho qualquer dúvida que o empreendedorismo feminino com estilo Dona Antónia é a estratégia para combater a pobreza, a fome e a injustiça que assistimos hoje em dia. Tenho uma enorme gratidão por ter sido contemplada com este prémio e será seguramente a força para continuar um caminho que será longo”, frisa.
Criados em 1988 pelos descendentes da homenageada e pela Sogrape Vinhos, detentora da marca Porto Ferreira, os Prémios Dona Antónia Adelaide Ferreira visam distinguir, anualmente, mulheres portuguesas que se afirmam publicamente pelas suas qualidades humanas e espírito empreendedor, seguindo o excecional exemplo de vida de Dona Antónia ao contribuírem para o desenvolvimento económico, social e cultural de Portugal. Elisa Ferreira, Vera Nobre da Costa, Maria de Jesus Barroso, Graça Viterbo, Isabel Jonet, Teodora Cardoso, Isabel Furtado ou Maria Manuel Mota são algumas das laureadas nestes 33 anos, sendo que, só a partir de 2013, é que passou a haver dois prémios, um de consagração de carreira e o de revelação. Artur Santos Silva lidera o júri.
“Ao distinguirmos estas mulheres, estamos não só a reconhecer, com toda a justiça, o empenho e a obra por elas realizada mas também, e acima de tudo, a promover role models que podem inspirar mais jovens mulheres a empreender e a contribuir para um mundo melhor. Na Sogrape, estamos comprometidos em ser um catalisador de mudança positiva na sociedade, que defendemos deve ser mais inclusiva, transparente e qualificada”, afirma Raquel Seabra, administradora da Sogrape.
Deixe um comentário