//CCPJ a averiguar agressões a jornalistas em jantar do Chega

CCPJ a averiguar agressões a jornalistas em jantar do Chega

A Comissão da Carteira Profissional de Jornalistas (CCPJ) está a averiguar as agressões a jornalistas, depois de ameaças e insultos aos profissionais que faziam a cobertura de um jantar comício do Chega, em Braga.

É o segundo caso em dois meses que ocorreram ataques e insultos a jornalistas, no decurso da sua atividade. O primeiro foi em novembro, durante a manifestação convocada pelo movimento de restauração “A Pão e Água”.

“A CCPJ teve conhecimento das ameaças contra jornalistas e dos danos causados em, pelo menos, uma viatura de serviço, no âmbito da cobertura da campanha eleitoral de um candidato às Eleições Presidenciais. Consideramos que são acontecimentos gravíssimos e uma ameaça séria ao cumprimento da missão do jornalista, especialmente neste período de campanha eleitoral, fundamental para a democracia”, diz o organismo em comunicado.

“O Secretariado da CCPJ está a desenvolver esforços para apurar os factos, tanto junto dos jornalistas envolvidos, como das autoridades policiais no sentido de identificar os responsáveis pelos insultos, ameaças e tentativas de agressão dos profissionais que faziam a cobertura noticiosa do jantar comício, em Braga, do candidato André Ventura, no passado domingo dia 17”, indica.

“É a segunda vez no curto espaço de dois meses que se verificam incidentes graves com jornalistas no decurso da sua atividade profissional”, lembra a CCPJ, referindo o caso, ocorrido em meados de novembro, com as equipas de jornalistas do Observador e da TVI, que faziam a cobertura noticiosa da manifestação convocada pelo movimento do sector da restauração denominado “A Pão e Água”.

Na época a CCPJ emitiu comunicado que volta a recordar depois deste novo caso. “Como órgão regulador da atividade dos jornalistas, a CCPJ considera os incidentes ocorridos extremamente graves. Revelaram, por parte de uma parcela importante dos manifestantes, um enorme desconhecimento sobre o papel dos jornalistas e a importância do jornalismo para a defesa dos princípios democráticos garantidos pela Constituição, incluindo o direito de manifestação. Sem cobertura jornalística nenhum protesto teria visibilidade e impacto junto das autoridades e da população”, disse.