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O presidente executivo do Millennium bcp, Miguel Maya, confirmou o início do processo de despedimento coletivo de trabalhadores do banco que vai abranger um total de 62 colaboradores em vez dos 80 referidos na sexta-feira pelos sindicatos do setor.
“Na sequência das comunicações que vos dirigi sobre o ajustamento do quadro de pessoal, volto ao tema para vos dar nota que apesar dos esforços efetuados não foi possível, como se pretendia, concluir este processo exclusivamente pela via negocial, pelo que vos informo que o Millennium bcp iniciará formalmente um Procedimento de Despedimento Coletivo (PDC)”, afirma Miguel Maya numa mensagem enviada na noite de sexta-feira aos trabalhadores do banco.
“O procedimento que agora se iniciará abrange 10 áreas/direções e um total de 62 trabalhadores”, adianta o CEO do BCP na comunicação interna a que o Dinheiro Vivo teve acesso.
Os sindicatos da banca anunciaram ontem, após uma reunião com a comissão executiva do BCP, que o banco iria avançar com o despedimento coletivo de mais de 80 trabalhadores.
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“Na sequência da reunião de hoje dos seis Sindicatos – SNQTB, Mais Sindicato, SBN, SIB, SBC e SinTAF – com a comissão executiva do BCP e face à posição intransigente assumida pelo banco de avançar com o despedimento coletivo de pouco mais de 80 bancários, não resta outra alternativa a estes sindicatos que não seja a greve”, afirmaram os sindicatos num comunicado conjunto.
Segundo o CEO do BCP, “segue-se agora uma fase de interação – informação e negociação -, com a Comissão de Trabalhadores, conforme previsto na Lei, no âmbito da qual iremos também informar as condições a apresentar aos trabalhadores abrangidos no PDC”.
Aponta que esta fase “decorrerá previsivelmente de 13 a 27 de setembro” e garante que as condições que serão apresentadas aos trabalhadores alvo de despedimento coletivo “são melhores que as condições legalmente previstas, embora diferentes das condições contempladas durante o período antecedente de negociação individual de desvinculações por mútuo acordo”.
O processo de despedimento coletivo destes 62 trabalhadores abrange os colaboradores do banco que rejeitaram as propostas do BCP para saírem através de rescisões por mútuo acordo. Este processo insere-se num plano de reestruturação que abrange a saída de entre 800 e 900 trabalhadores do banco.
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