Partilhareste artigo
A escassez de profissionais qualificados tem sido um desafio transversal ao mercado de trabalho, particularmente nas áreas ligadas às Tecnologias de Informação (TI). À medida que a guerra pelo talento avança, construir a ponte entre academia e indústria torna-se cada vez mais relevante, razão pela qual a CGI – empresa especializada em TI e consultoria -, e o Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) se aliaram para lançar um novo curso técnico superior profissional em Tecnologias e Programação de Sistemas de Informação, pela primeira vez em Lisboa, nas instalações do Instituto de Educação Técnica (INETE).
Relacionados
Destinado a alunos que tenham terminado o 12º ano de escolaridade, o curso com a duração de dois anos visa a “criação de competências adequadas à inserção no mercado de trabalho”, como explica ao Dinheiro Vivo Ângela Lemos, presidente do IPS.
Para esta primeira edição, estão abertas 25 vagas, com inscrições a decorrer até 16 de agosto, tendo os alunos selecionados o benefício de isenção de propinas, uma vez que a CGI assumirá estes encargos. Adicionalmente, os estudantes terão direito a uma bolsa mensal, computadores e experiências reais em contexto de mercado de trabalho.
A ligação à realidade do mercado de trabalho começa logo nas aulas, que serão lecionadas por professores do Instituto Politécnico de Setúbal, mas também por profissionais da CGI. Depois das aprendizagens académicas que decorrem durante o dia, os alunos serão envolvidos diariamente em projetos da empresa, após o período letivo, naquilo que se traduzirá em 640 horas de formação em contexto de trabalho.
Com vista à construção de perfis de especialistas com competências transversais em Informática, o curso tem por base a algoritmia e os fundamentos da programação, incluindo as aprendizagens em sistemas de gestão de bases de dados, segurança da informação, integração de sistemas, ambientes Web e aplicações para dispositivos móveis.
Subscrever newsletter
Embora confira aos alunos acreditação em algumas das unidades curriculares da licenciatura em Engenharia Informática da Escola Superior de Tecnologia do IPS, o curso não substitui uma licenciatura. Na verdade, o objetivo desta iniciativa passa também por “permitir que os alunos continuem a progredir e a crescer profissionalmente, tendo acesso a um curso prático, ao mesmo tempo que ingressam na academia”, sublinha José Pratas, head of innovation and partnerships na CGI.
Com uma visão otimista e boas expectativas relativamente a esta primeira edição, o responsável da CGI revela, ainda, que a meta é abrir outra turma em 2024, dando continuidade à colaboração com o IPS, especialmente porque “o talento é cada vez mais importante e a falta de recursos é uma realidade em Portugal, o que nos obriga a estar atentos a tudo o que sejam potenciais fontes de talento para o setor”.
A empresa da área das Tecnologias de Informação prevê que a taxa de empregabilidade seja “muito elevada” e, idealmente, procurará absorver nas suas fileiras todos os recursos formados por via desta iniciativa.
Deixe um comentário