Os serviços de transporte ferroviário de longo-curso da CP são os que mais se atrasam. E, se no ano passado, a pontualidade diária dos Alfas até melhorou, os Intercidades são, não só os que apresentaram piores níveis de pontualidade, como os que viram os atrasos a aumentar mais em 2018.
Os números deixam pouca margem para dúvidas. Em 2018, a pontualidade diária dos Intercidades ficou nos 53,5%, ou seja, grosso-modo, cinco em cada dez comboios chegaram atrasados. Um ano antes a pontualidade tinha sido de 58%. Nos Alfas, a pontualidade diária foi de 56,2%, ligeiramente acima, e francamente melhor do que os 46,6% registados em 2017.
O índice de pontualidade global de 2018 ficou situado em 81,5%, número que beneficia os 92,3% de pontualidade do serviço urbano de Cascais, e dos 89,5% e 89,4% das linhas de Braga e Caíde. Nos serviços urbanos a pontualidade mede atrasos superiores a 3 minutos; no caso das linhas de longo curso trata-se de atrasos superiores a 5 minutos.
Se analisados apenas os atrasos superiores a cinco minutos no serviço regional da CP, a pontualidade média passa para 78,2%, mostra o Relatório e Contas de 2018.
No ano passado, a CP transportou cerca de 4,2 milhões de passageiros, mais 126 milhões do que um ano antes. Os serviços urbanos de Lisboa registaram um aumento de 5,1% no número de passageiros, enquanto o Serviço Urbano do Porto aumentou 1,8%. A melhoria dos números está associada, não apenas a mais pessoas por dia nos comboios, que tem a ver com políticas comerciais e mais turistas a viajar, mas também por “ações de combate à fraude” que ‘caçam’ quem viaja sem bilhete.
Os proveitos do tráfego situaram-se em 259 milhões de euros.
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