A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) solicitou à Ordem dos Revisores Oficiais de Contas a nomeação de um auditor independente para fixar a contrapartida mínima a oferecer na Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre a Media Capital.
“A deliberação ora comunicada assenta no facto de a Cofina ter apresentado a esta Comissão um requerimento tendo em vista a declaração da derrogação do dever de lançamento de Oferta Pública de Aquisição subsequente”, indica o supervisor em comunicado.
A CMVM acrescenta ainda que o pedido justifica-se também com a “antecipada convolação daquela oferta em obrigatória logo que se verifiquem as condições suspensivas de que depende a produção de efeitos do contrato celebrado entre a Cofina e a Promotora de Informaciones, S.A. para a aquisição de ações representativas de 100% do capital social da Vertix, SGPS, S.A., as quais são semelhantes às condições de que depende o lançamento da própria oferta.”
Pelo facto de o maior preço acordado a pagar resultar de uma negociação particular entre a Cofina e a Media Capital e ainda, pela fraca liquidez das ações do grupo, a CMVM defende ser necessário fazer intervir um auditor independente.
A Cofina confirmou no dia 21 de setembro que vai avançar com uma OPA sobre a Media Capital, depois de “no dia 20 de setembro de 2019, de um contrato de compra e venda de ações com a Promotora de Informaciones, S.A. (“PRISA”), para a aquisição de ações representativas de 100% do capital social da Vertix, SGPS, S.A. (“Vertix”), que é titular de ações representativas de 94,69% (noventa e quatro vírgula sessenta e nove por cento) dos direitos de voto do Grupo Média Capital, SGPS, S.A.”
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