A Cofina estima obter sinergias de 46 milhões com a compra da TVI, operação que o grupo dono do Correio da Manhã espera ver concluída no primeiro trimestre de 2020, de acordo com uma apresentação que o grupo de Paulo Fernandes está a fazer chegar aos investidores a que o Dinheiro Vivo teve acesso. O grupo já anunciou que parte da operação será financiada por um aumento de capital até 85 milhões de euros, admitindo a entrada de novos acionistas.
O grupo notificou na quarta-feira a operação de compra à Autoridade da Concorrência.
A operação, que avalia a Media Capital em 225 milhões, passa pelo pagamento de 180,2 milhões por 100% do capital da dona da TVI, incluindo a dívida de 74,8 milhões.
Tendo por os resultados financeiros do primeiro semestre de 2019, a concentração da Cofina e da Media Capital geram 269 milhões de euros de vendas e um EBITDA de 51 milhões de euros antes das sinergias. “A consolidação deverá permitir um aumento de rentabilidade, inovação, investimento e internacionalização das empresas combinadas. O negócio poderá gerar sinergias relevantes com um valor líquido estimado de 46 milhões de euros”, estima a Cofina.
Na informação que está a ser partilhada com os investidores a Cofina explica os termos como irá financiar a operação. O grupo espera obter um empréstimo de 220 milhões e obter 85 milhões através de um aumento de capital.
Deste montante, 50 milhões serão usados para pagar os custos de transação e refinanciar a atual dívida líquida da Cofina. Excluindo o capital em free float, metade do aumento de capital será assegurado pelos atuais acionistas, sendo que os mesmos irão manter mais de 50% do capital depois do aumento de capital.
O empresário Mário Ferreira, da DouroAzul, e o banco galego Abanca (que é acionista da Media Capital) são apontados na imprensa como potenciais futuros acionistas.
O empréstimo já está assegurado, diz a Cofina. Santander e Crédit Suisse deverão ser os bancos financiadores.
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