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A Airbnb revelou esta quinta-feira que o anfitrião típico português ganha em média 4900 euros por ano a alojar hóspedes nas suas propriedades, sendo que 71% da comunidade de hosts (anfitriões) apenas tem um anúncio e 70% afirma que o alojamento disponibilizado na plataforma não corresponde à sua habitação principal. “Isto mostra que a comunidade de anfitriões em Portugal é composta principalmente por particulares”, observa a empresa, citada em comunicado, acrescentando que 51% são mulheres.
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Com a inflação em Portugal a bater na porta dos 7,2% no mês passado, ter um rendimento extra para fazer face à subida generalizada dos preços torna-se mais necessário que nunca. Quem o diz são 42% dos anfitriões portugueses, ao afirmarem que, com o extra obtido através da plataforma de alojamento, conseguem pagar as necessidades mais básicas, incluindo alimentação e a sua própria habitação.
“Embora a inflação esteja a aumentar, os anfitriões também estão a ganhar mais e isso ajuda-os a aliviar os respetivos efeitos”, refere a Airbnb, em comunicado, relembrando que a quantia recebida equivale a cerca de quatro meses do salário médio em Portugal. Contudo, trata-se de um valor sem termo de comparação, uma vez que o Airbnb escusou-se a fornecer números relativos a outros anos e clientes.
Segundo os dados avançados pela empresa, uma das razões pelo qual 29% dos hosts recebe viajantes é precisamente para compensar o aumento do custo de vida no país. Já a 34% este rendimento possibilitou a permanência nas suas casas e a 54% realizar melhorias ou renovações no lar.
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No que toca à relação com os hóspedes, os anfitriões portugueses ajudam-nos a descobrir a área em que estão alojados, com cerca de 82% a fazer recomendações nas proximidades do seu alojamento e 69% a recomendar aos hóspedes que visitem locais menos conhecidos entre os turistas.
Os hóspedes
Quanto ao perfil de hóspedes que visitam Portugal, observando-se a tendência do ano passado (que acabou por se estender até ao primeiro trimestre de 2022), estes ficam mais tempo nos destinos e alguns até vivem em alojamentos disponíveis na plataforma do Airbnb, pode ler-se no relatório enviado pela empresa à comunicação social.
Em 2021, o país registou um crescimento de quase 90% em estadias de longa duração face a 2019, com 17% dos hóspedes a declarar que a razão pela qual ficou num alojamento reservado através da plataforma Airbnb era “para viajar e trabalhar remotamente”. Lisboa, Porto, Lagos, Funchal, Albufeira, Portimão e Quarteira são os destinos mais reservados para estadias de longa duração.
“Milhões de pessoas em todo o mundo estão a tirar partido desta nova flexibilidade para viver e trabalhar a partir de qualquer lugar, e Portugal está numa posição muito boa para beneficiar desta revolução no mundo das viagens”, diz Monica Casañas, diretora-geral da Airbnb, citada em comunicado.
Cerca de 70% dos hóspedes que viajam para Portugal fazem-no em família e 95% afirmam não ter sentido qualquer tensão com os vizinhos durante a estadia.
O gasto médio diário por pessoa chega aos 130 euros, sendo 44 euros destes gastos em bares e restaurantes, 18 euros em compras e 16 euros para lazer local. “Cerca de 45% das despesas totais dos hóspedes (excluindo alojamento) tiveram lugar nas proximidades do seu alojamento”, dá conta a Airbnb.
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