Abriram as portas do marketplace há pouco mais de um ano, quando apenas um terço dos portugueses comprava online, mas a explosão do comércio eletrónico provocada pela pandemia levou a que, em setembro, o Dott já tivesse atingido os objetivos do ano: 1% dos portugueses comprou na plataforma, 1200 retalhistas, cerca de três milhões de produtos disponíveis. A manter-se o ritmo de adesões, até ao final do ano deverá rondar 1500 o número de vendedores. Mais 500 do que os objetivos traçados para 2020. Têm mais de mil pedidos de adesão. Agora dão o passo para o mercado empresarial, com o Dott Empresas.
“O retorno do investimento foi concretizado já no sentido de colocarmos o Dott no mapa em tão pouco tempo. Do ponto de vista financeiro ainda estamos numa fase de crescimento e de investimento. Temos cerca de um milhão de pessoas a virem cá todos os meses, mas temos players com muito mais anos, com 4 e 5 milhões a passarem pelos seus sites. Ainda temos um caminho a percorrer”, adianta Gaspar D’Orey, CEO do Dott, onde os acionistas Sonae e os CTT tencionam investir, em dois anos, entre 10 e 15 milhões.
O Dott Empresas foi um dos projetos antecipados. “As empresas têm dificuldade em ter um processo de procurement que seja eficiente, num único local. No Dott temos a vantagem de ter 17 categorias, que vão de material de escritório a produtos de proteção individual, e as empresas conseguem agregar tudo na mesma fatura. Conseguimos moldar a oferta para conseguir condições especiais de pagamento, para que tenham um gestor de conta dedicado, o que é importante para as empresas”, explica Gaspar D’Orey. Embora todo o portefólio do Dott – cerca de 3 milhões de produtos de 1200 retalhistas – esteja disponível, “evidenciamos aqueles que, em termos de gama e quantidades, respondem melhor”, continua. “A nossa área corporate vai selecionar os melhores vendedores, com os melhores ratings, melhor resposta, para garantir que as empresas têm uma experiência única e comprem de forma recorrente.”
Um novo passo depois de a pandemia – que fechou as lojas físicas e forçou os portugueses e os retalhistas a virar-se para o online – ter obrigado a acelerar o ritmo. “Entre fevereiro e abril, multiplicámos as nossas vendas por cinco e mantivemo-nos altos durante os meses de confinamento. Quando as lojas abriram, reduzimos, naturalmente, mas para o dobro”, adianta Gaspar D’Orey. “Isso dá-nos muita confiança e, sobretudo, acelera-nos bastante o plano de crescimento. A peak season (época alta) do retalho ainda aí vem – a Black Friday e o Natal – mas estamos mais ou menos em linha com o que esperaríamos em termos de crescimento no final do ano, em todos os números”, revela o CEO do Dott. Este ano, a meta era atingir os mil vendedores. “Temos 1200 empresas a vender no Dott, daqui uns dias vamos atingir os 3 milhões de produtos vendidos, mais de 1% da população já comprou no Dott, o que é excelente para uma empresa com pouco mais de um ano”, destaca.
“Estamos com cerca de 100 adesões de vendedores por mês, em agosto e setembro abrandou um bocado, não somos um bar aberto, temos um conjunto de critérios exigentes que os vendedores têm de cumprir, a nossa prioridade é que o cliente tenha uma experiência espetacular”, garante. “Estamos com mais de mil pedidos (de adesão) para analisar. E estou a ser conservador, porque estou a retirar os que não se aplicam – temos pedidos de empresas de restauração e não somos uma Uber Eats ou uma Glovo – porque senão este número ficaria mais próximo das 5 mil empresas”.
De pastores à Procter & Gamble, no Dott vendem entre 70 e 80% de PME, com 20% de empresas de grande dimensão, com “cada vez mais adesões de vendedores internacionais, sobretudo Europa”, vendedores responsáveis por entre 30 e 40% dos produtos disponíveis. “Temos cerca de 45% das compras a serem feitas na Grande Lisboa e Grande Porto, outros 30% em cidades de média dimensão, Braga, Coimbra, Faro, Leiria, Aveiro. Mas é engraçado perceber que temos muitas compras espalhadas por pequenas cidades e aldeias pelo país. Muito fruto das nossas entregas serem rápidas e para todo o país, incluindo ilhas: 3% das nossas vendas são para as ilhas”, adianta.
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