//Comércio eletrónico representou 20% do volume de negócios das empresas em 2019

Comércio eletrónico representou 20% do volume de negócios das empresas em 2019

As empresas portuguesas continuam a caminhar para o digital, mas a ausência de competências ou dificuldades de contratar profissionais na área das tecnologias de informação (TI) continuam a travar os planos das organizações. Estas são algumas das conclusões do inquérito à utilização de tecnologias nas empresas, divulgado esta segunda-feira (23) pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Em 2020, a esmagadora maioria das empresas (97%) com, no mínimo, dez trabalhadores ao serviço, utiliza um computador com internet para fins profissionais (42,8%). Quase dois terços destas empresas (61,5%) também têm presença online, com pelo menos um site próprio ou do grupo económico a que pertence a empresa em questão. Trata-se de um aumento de 2,6 pontos percentuais em relação a 2019, nota o INE.

As empresas em Portugal recorrem a este tipo de soluções para disponibilizar informações sobre produtos, tabelas de preços e, em alguns casos, disponibilizar soluções de comércio eletrónico. Analisando por dimensão, a percentagem de empresas com site é mais elevada nas empresas com 250 ou mais pessoas, onde 95,3% tem um site próprio. Nas empresas entre 10 a 49 pessoas a percentagem reduz-se significativamente, passando para os 56,9%.

No setor da informação e comunicação praticamente 95% das empresas tem site, seguido pelo setor outros serviços (73%) e transportes e armazenagem (65,5%). Já nos setores de alojamento e restauração e construção e atividades imobiliárias as percentagens são mais baixas: 46,9% e 57,9%, respetivamente.

No caso das empresas que disponibilizam opções de compras online, o peso das vendas de bens e serviços através de comércio eletrónico no volume de negócios subiu um ponto percentual no ano passado, face aos dados de 2018. As empresas que recorrem a esta forma de venda indicaram que, em 2019, 20% do volume de negócios já resultou do comércio eletrónico. Esta percentagem tem vindo a crescer desde 2015, quando se situava nos 14% do volume de negócios.

Como seria de esperar, o peso do comércio eletrónico para o volume de negócios varia consoante a dimensão. No caso das empresas com mais de 250 pessoas, o comércio eletrónico já representa mais de um quarto do volume de negócios; nas empresas com 10 a 49 trabalhadores vale apenas 9,3%, menos 1,3 p.p face a 2018. São as empresas do setor dos transportes e armazenagem e alojamento e restauração quem viu o comércio eletrónico contribuir mais para o volume de negócios no ano passado: 28% e 27,6%, respetivamente.