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A Comissão de Trabalhadores (CT) da Caixa Geral de Depósitos (CGD) acusou, esta terça-feira, a Comissão Executiva do banco público de ignorar os seus trabalhadores ao insistir “na narrativa do lucro, da robustez financeira”.
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“Os trabalhadores são os grandes sacrificados por esta gestão, pois todos os anos continuam a perder grande percentagem de poder de compra”, refere a CT em comunicado, onde aponta que os aumentos salariais ficaram “a uma enorme distância da inflação”.
A comissão de trabalhadores voltou a criticar a Comissão Executiva da CGD por não ter aplicado o aumento intercalar extraordinário de 1% aplicado pelo Governo, considerando que “foi decisão perniciosa” e que a promessa de “replicação dos apoios sociais em 2023, não passou de uma promessa”.
O documento insiste que há relatos de descontentamento de clientes e população sobre as decisões de gestão da atual administração da CGD.
“Foi diminuída de forma drástica a presença geográfica da CGD no país, reduzida a prestação de serviços de tesouraria na maior parte das agências, restringiram-se serviços ao público com encerramentos no período de almoço, sobrecarregando as outras agências e os trabalhadores veem-se diariamente confrontados com reclamações e excessos verbais e físicos por parte de clientes descontentes com esta realidade”, atira a CT.
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De igual forma, o organismo de representação de trabalhadores criticou a administração por ser “incapaz de reter talento e preservar o conhecimento interno”, apontando que nos primeiros três trimestres deste ano saíram 71 trabalhadores por iniciativa própria.
A CGD apresentou lucros de 987 milhões de euros entre janeiro e setembro, mais 43% do que no mesmo período de 2022. A margem financeira (a diferença entre os juros cobrados no crédito e os juros pagos nos depósitos) foi de 2.090 milhões de euros, mais 1.179 milhões de euros do que nos primeiros nove meses de 2022.
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