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A Micam, a feira de calçado de Milão, arranca já no próximo domingo, depois de ter sido adiada por três semanas pela organização por causa da pandemia, procurando, assim, assegurar condições para a presença de compradores extracomunitários. Portugal far-se-á representar por 48 expositores, um número ainda assim longe dos tempos pré-pandemia – em 2019 havia 89 expositores nacionais na edição de fevereiro, em 2018, eram 101 -, mas com grande expectativa quando aos negócios. Novidade, mas não necessariamente uma boa notícia, a comitiva portuguesa vai viajar para Itália, pela primeira vez, pela Ryanair e não pela TAP.
“Historicamente, apresentamos uma sugestão de programa aos empresários que vão estar na feira, dando sempre prioridade à TAP, a nossa companhia de bandeira, que tem estado sempre ao lado do setor e das empresas exportadoras”, explica o diretor de comunicação da APICCAPS.
Como em qualquer outro ano, cada empresário escolheu o voo que mais se adequa às suas necessidades, “mas, pela primeira vez, a maioria do setor optou por não viajar na TAP pelo simples facto de as condições apresentadas por outras companhias serem não só economicamente mais vantajosas como consideravelmente mais adequadas às necessidades das empresas, já que se trata de voos diretos, sem necessidade de escala em Lisboa”, sublinha Paulo Gonçalves.
Em causa estão “cerca de uma centena de pessoas” que irão viajar para Milão no próximo sábado de manhã. “Tentamos junto da TAP encontrar as alternativas que fossem mais apropriadas para as empresas, mas isso não foi possível. Lamentamos, já que historicamente o setor viaja sempre com a TAP, mas também temos que reconhecer que não tem qualquer sentido obrigar as pessoas a levantarem-se de madrugada (a maioria vem de Felgueiras, de Guimarães, Oliveira de Azeméis, etc.), para um voo que parte às 7h00 e depois terem de ficar à espera em Lisboa antes do voo para Milão”, frisa.
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