O aumento da oferta de lugares acompanhado com a guerra de preços, a recuperação económica ou a irrupção do voos de longo curso low-cost, entre outros fatores, fez disparar o tráfego aéreo na Europa. Só as oito principais companhias aéreas europeias – Lufthansa, IAG, Air France, Ryanair, easyJet, Turkish Airlines, Aeroflot e Norwegian – somaram 743 milhões de passageiros em 2018, escreve o Cinco Días, esta sexta-feira. Os números supõem um aumento de 9,25% face a 2017 (cerca de mais de 63 milhões de passageiros), sendo que ainda não foram divulgadas as contas finais da easyJet, Turkish Airlines e Aeroflot.
É a Lufthansa Group quem lidera a lista. O grupo que reúne a Lufthansa, Swiss, Austrian Airlines, Eurowings e a Brussels Airlines fechou o ano com 142 milhões de passageiros.
Considerada a rainha do baixo custo, a Raynair reina também os céus europeus com os seus 137 milhões de passageiros, apesar das greves que marcaram o ano passado. Os números apontam para um aumento de 6,4% relativamente a 2017.
A easyJet, também uma companhia de baixo custo, ocupa a segunda posição no ranking das low-cost, depois registar 89 milhões de passageiros nos primeiros dez anos de 2018.
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A IAG e a Air France registaram 113 e 101 milhões de passageiros, respetivamente. É a primeira vez que o grupo franco-holandês ultrapassa a barreira dos 100 milhões de passageiros num ano.
Companhias como Ryanair, easyJet e IAG estão gravemente expostas ao resultado final do Brexit. A primeira já conta com a luz verde da Aviação Civil do Reino Unido para continuar a operar entre o país e territórios não comunitários. A companhia liderada por Michael O’Leary está pronta para chegar a março com uma estrutura de capital onde os investidores da UE cobrem mais de 50% e, dessa forma, manter a operação como companhia aérea comunitária.
Air France prepara-se para acabar com a sua companhia low-cost
A companhia aérea está a ponderar encerrar a operação da Joon e integrar os funcionários e aviões na AirFrance. Virada para o público jovem, a Joon foi lançada em 2017 mas, segundo a companhia mãe, “tem sido difícil perceber o conceito”, diz em comunicado, citado pela BBC.
“A pluralidade de marcas no mercado tem criado muita complexidade e, infelizmente, enfraqueceu o poder da Air France”, aponta a companhia aérea.
A Joon voa para destinos de curto curso na Europa, como Bergen, Madrid e Manchester, mas também vai mais além, com destinos na África do Sul, Índia e Brasil.
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