//Concorrência dá OK à concentração resultante da OPA de Mário Ferreira sobre a TVI

Concorrência dá OK à concentração resultante da OPA de Mário Ferreira sobre a TVI

A Autoridade da Concorrência (AdC) deu luz verde à operação de concentração resultante da oferta pública de aquisição (OPA) obrigatória da Pluris Investment, de Mário Ferreira, sobre 69,78%, da Media Capital. A obrigação de OPA foi determinada pela CMVM. Operação não cria “entraves significativos” à Concorrência, diz regulador.

“Em 26 de janeiro de 2021,o Conselho de Administração da Autoridade da Concorrência, no uso da competência que lhe é conferida pela alínea d) do n.º 1 do artigo 19.º dos Estatutos, aprovados pelo Decreto-Lei n.º 125/2014, de 18 de agosto, delibera adotar uma decisão de não oposição, à operação de concentração, nos termos da alínea b) do n.º 1 do artigo 50.º da Lei da Concorrência, uma vez que a mesma não é suscetível de criar entraves significativos à concorrência efetiva nos mercados relevantes identificados”, diz a Autoridade da Concorrência.

A decisão do regulador liderado por Margarida Matos Rosa segue o mesmo parecer positivo dado pela Anacom e Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), reguladores setoriais a quem a AdC solicitou parecer depois a 29 de dezembro uma notificação da Pluris sobre a OPA sobre cerca de 70% do capital do grupo dono da TVI.

A Anacom considerou que “analisados os elementos disponibilizados relativos à operação de concentração em análise, releva-se que a mesma não suscita questões concorrenciais relevantes nos mercados de comunicações eletrónicas.”

E no mesmo sentido decidiu a ERC. “O Conselho Regulador não se opõe à operação de concentração notificada, por não se concluir que tal operação coloque em causa os valores do pluralismo e da diversidade de opiniões, cuja tutela incumbe à ERC aí acautelar”, pode ler-se no comunicado enviado, entretanto, pela Pluris. A ERC, recorde-se, em negócios dos media tem parecer vinculativo. Ou seja, em caso de ser negativo a operação não poderia avançar.

Mário Ferreira já reagiu à decisão dos reguladores. “A Pluris congratula-se com a análise e decisão dos três reguladores e pelo equilíbrio revelado nas posições por eles tomadas. As relações francas e abertas com as autoridades de regulação são essenciais para a estabilidade acionista e o desenvolvimento do projeto pluralista e independente dos órgãos de comunicação da Media Capital”, disse o empresário em comunicado.