O consórcio formado pela Oakvest, Portugália e Sabina Estates decidiu não apresentar uma nova proposta para a compra da Herdade da Comporta e manter o direito de contestar o processo de venda.
A venda da Herdade da Comporta voltou à estaca zero depois de participantes do Fundo Especial de Investimento Imobiliário, que detém a propriedade do ativo, terem chumbado a escolha da proposta do consórcio da Oakvest por parte da Gesfimo, gestora do fundo.
Para trás ficaram as propostas apresentadas pela Vanguard Properties, com a empresária Paula Amorim, e a do aristocrata francês Loius-Albert de Broglie.
A Gesfimo decidiu em agosto avançar com um novo processo de venda da Herdade da Comporta mas, desta vez, os investidores interessados terão de aceitar a decisão final da sociedade gestora do Fundo que detém a propriedade e renunciar a qualquer contestação, reclamação ou impugnação.
Para o novo processo, a gestora do fundo, a Gesfimo, contratou a consultora Deloitte para assessorar a venda
“O consórcio vencedor não está disponível para entrar num novo processo, do qual não conhece o caderno de encargos e que não oferece o mínimo de garantia de que nele não venha a suceder um mesmo desfecho do concurso anterior com acrescidos e significativos custos para este consórcio”, afirma o consórcio da Oakvest em comunicado divulgado esta quarta-feira.
Adianta que o consórcio “informou a Gesfimo que não abdica dos seus direitos legais”.
Afirma que, “até à presente data, as regras do dito novo concurso de venda dos ativos” do fundo “não foram comunicadas a este consórcio, apesar dos esclarecimentos pedidos junto” da Gesfimo.
A Herdade da Comporta, situada nos concelhos de Grândola e Alcácer do Sal, e era um dos ativos e símbolos da família Espírito Santo, sendo controlada pela holding Rio Forte, do Grupo Espírito Santo, que entrou em situação de insolvência no Luxemburgo após a queda do grupo em 2014.
AG chumbou proposta vencedora
O consórcio da Oakvest lembra que no dia 27 de julho, na assembleia-geral do fundo que detém a Herdade da Comporta, a sua proposta “foi rejeitada pelo voto combinado do Novo Banco e da Rio Forte, a que se juntou mais uma pequena minoria dos demais participantes”.
“Nessa conformidade e em sequência, o Novo Banco e a Rio Forte apresentaram uma recomendação alternativa e sui generis com o objetivo de lançar um novo concurso, em regime de exclusividade, para os mesmos candidatos e ignorando o concurso anterior alegando, para este efeito, que desconheciam o processo de venda, mas simultaneamente realçando o excelente trabalho efetuado pela Gesfimo, o que desde logo revela incoerência e inconsistência da posição assumida”.
“Acresce, aliás, que como se demonstrou na sobredita assembleia, os participantes em causa, nomeadamente a Rio Forte, acompanharam o evoluir do dito processo, sendo totalmente despropositadas as alegações de ignorância e de alheamento com que sustentaram a sua surpreendente tomada de posição”, frisa.
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