Em Marrocos, a construtora de Guimarães está a instalar na zona franca de Kenitra a nova fábrica da Steep Plastic, empresa francesa que produz peças injetadas de plástico para componentes da indústria automóvel, para quem já tinham construído uma unidade, com mais de 14 mil metros quadrados, no Parque Empresarial de Lanheses, em Viana do Castelo.
“Estamos neste momento a acompanhar o cliente, Steep Plastic. Estamos com um projeto a 60% do seu término de conclusão e estamos a apostar fortemente nesse mercado. Consideramos Marrocos estratégico em termos do setor automóvel e pretendemos investir fortemente”, revela Miguel Garcia, um dos administradores da Garcia Garcia.
A obra deverá estar concluída no final de setembro, mas a Garcia Garcia quer dar continuidade à sua presença neste território que considera ter elevado potencial de crescimento na indústria automóvel. Em dezembro, foram anunciadas 26 novas unidades de produção de componentes para a indústria automóvel, para servir os gigantes Renault e PSA, um investimento de 13,8 mil milhões de dirham (cerca de 1,3 mil milhões de euros), que vai gerar cerca de 12 mil postos de trabalho.
Oportunidades que a Garcia Garcia quer agarrar. “Estamos a analisar algumas oportunidades para desenvolver mais alguns projetos industriais no país”, admite Miguel Garcia. Para isso, a empresa quer desenvolver uma base permanente em Marrocos. Criaram “uma filial em Casablanca, tendo contratado uma equipa de suporte local e desenvolvido uma excelente rede de parceiros que nos dão apoio ao nível fiscal e legal”, revela. “Ao nível técnico, tudo é assegurado pelo capital humano da nossa equipa da casa-mãe. Desta forma, garantimos que a nossa experiência e know-how são efetivamente transpostos para o mercado, conseguindo apresentar um resultado final semelhante ao que habituamos os nossos clientes em Portugal.”
Steep Plastic, Eurostyle Systems, BorgWarner ou Bontaz são alguns dos projetos instalados no cluster automóvel de Viana do Castelo, servindo a fábrica PSA de Vigo ou a Renault, entre outras, que a Garcia Garcia assegurou a construção. Modelo que quer replicar em Marrocos. “Este mercado pode assumir num curto espaço de tempo o mesmo peso da divisão industrial automóvel em Portugal”, diz o administrador. ” Em 2018, Marrocos deverá representar cerca de 10% do nosso volume de negócios. Com passos seguros e uma estratégia de sustentabilidade a médio prazo, a nossa expectativa é que em 3/4 anos este mercado do Norte de África possa vir a representar uma fatia importante da faturação da Garcia Garcia”.
“Marrocos pode rondar à vontade, num curto prazo, entre os 15 a 20 milhões de euros de volume de negócios por ano”, considera o administrador da Garcia Garcia que tem na construção industrial 75% a 80% da sua atividade, com o automóvel a pesar metade e “com tendência a crescer”.
Em 2017, faturaram 53 milhões e neste ano preveem um aumento de 20%.
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