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Chegou para desmistificar o tema das vendas e tirar à própria palavra a conotação negativa que há muito se lhe associa. A ConVencer – convenção de vendas que se realiza no próximo dia 17, em Lisboa – quer mostrar que ser vendedor e falar de vendas já não é um tema tabu, ao mesmo tempo que pretende partilhar boas práticas e ferramentas para que os comerciais nacionais sejam cada vez mais capazes e reconhecidos, quer pelas empresas onde trabalham, quer pelos consumidores.
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Mas, afinal, o que traz de diferente a ConVencer? “Um dos trabalhos da ConVencer é o desmistificar essa ideia de que o vendedor é alguém com uma lábia que nos vai endrominar. E começarmos a encarar este vendedor como alguém que está ali verdadeiramente para ajudar-me a perceber o que é que eu preciso”, frisa ao Dinheiro Vivo Ricardo Peixe, um dos mentores do projeto.
“Eu e o Nuno [o segundo mentor da convenção] gostamos muito de vendas e de todo esse mundo à volta das vendas”, diz o coach de Alta Performance e inspirational speaker, explicando que, como conhecedores do setor – uma vez que ambos navegam em águas comerciais há muitos anos -, verificaram que não existe nenhum evento específico para pessoas que fazem deste o seu trabalho.
Assim, decidiram avançar com a ConVencer. “Queríamos que as pessoas que ganham a vida a ajudar outras pessoas a conseguir comprar coisas, tivessem o seu lugar de destaque num evento especialmente dedicado a elas e com conteúdo interessante”.
Por seu turno, Nuno Fradique Jerónimo, líder de Equipas de Alta Performance, explica que, atualmente, quando se trata de uma venda, na maioria dos casos, “o cliente já não está predisposto para receber”. Para que o negócio se conclua existe todo um trabalho anterior que o vendedor tem de levar a cabo. “E esse trabalho anterior é de relação inicial”.
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“As pessoas que vão à procura do cliente, têm que conseguir iniciar uma conversa, têm que chegar ao contacto, criar uma relação e desenvolver confiança”, detalha Ricardo Peixe. E é precisamente para ajudar a criar essa relação que nasce a ConVencer. “Quisemos brincar um bocadinho com o nome de convenção de vendas e também a parte do vencer, porque no fundo aquilo que nós queremos fazer é ajudar as pessoas a vencer neste processo comercial”, revelam os organizadores do evento.
Assim, esta primeira edição da convenção vai contar com especialistas em diversas áreas de negócio. Um dos oradores é um comediante, que já foi júri de um concurso de televisão. “Se calhar, é a última pessoa que as pessoas pensariam que vai falar de vendas, mas ele vende o seu trabalho como humorista”, diz Ricardo Peixe, explicando que no auditório da Lispólis vão estar ainda um CEO, o fundador de uma cadeia de ginásios e uma consultora imobiliária. Todos com percursos diferentes e dispostos a partilhar o segredo do seu sucesso.
“Cada vez mais, ser vendedor é uma profissão. Que é tão prestigiante como é a do advogado. É uma profissão, ponto final”, afirma Nuno Jerónimo. “As vendas cada vez são mais profissionalizadas, e é, provavelmente, a área que mais tem trabalhado e que mais “sofre” com vários key performance indicators (KPI) de qualidade, de performance, de melhoria, de eficiência”, diz, lembrando que o setor comercial evoluiu. “Um vendedor hoje já não é aquele itinerante que vai de cidade em cidade, a espalhar a sua palavra”, declara, garantindo ainda não ter encontrado nenhuma profissão que não fosse vendedora.
No final do evento de dia 17, os seus organizadores esperam ver os sorrisos do público. Será o sinal que a mensagem passou e que as ferramentas partilhadas foram recebidas com agrado. “De nós esperamos uma missão cumprida. Do outro lado, queremos que nos digam: “Olha, vim cá, ganhei, estou a receber muito daquilo que procuro e acima de tudo vou com valor acrescentado, saio daqui com mais algo””, ambiciona Nuno Jerónimo.
Se o resultado for o pretendido, a intenção é que a ConVencer se transforme num evento que integre o panorama nacional de convenções. “Este é o primeiro de muitos. Há muitas coisas que podemos fazer com este evento. Queremos organizar uma convenção anual, que realmente seja uma peça chave no panorama das vendas”, diz Ricardo Peixe, para quem no mercado português existe ainda muito espaço para um evento destes e até focado em áreas temáticas.
“Esperamos que, se calhar até em menos, mas em cinco anos, este seja o evento chave das vendas em Portugal, que marque e que tenha uma plateia muito mais abrangente, num auditório muito maior”, afirmam os organizadores, adiantando que esperam que a próxima ConVencer já consiga pagar-se e a dar retorno.
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