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A Corticeira Amorim anunciou, nesta terça-feira, que o Spirit of Innovation, “o avião 100% elétrico mais rápido do mundo”, usa aglomerado de cortiça, fornecido pela Amorim Cork Composites, no revestimento isolante da caixa de bateria.
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Em comunicado, a empresa explica que o Spirit of Innovation se tornou “oficialmente o veículo 100% elétrico mais rápido do mundo” em janeiro de 2022, quando as velocidades de 387,4 mph alcançadas durante os voos de teste em novembro de 2021 “foram oficialmente verificadas pela Federação Aeronáutica Internacional”. O avião resulta de uma “parceria de longo prazo” entre a Rolls-Royce, construtora automóvel inglesa, a YASA, fabricante inglesa de motores elétricos, e a Electroflight, especialista britânica em armazenamento de energia para aviação, sendo esta última a cliente da Corticeira Amorim neste projeto.
“A caixa da bateria foi uma peça de engenharia extremamente desafiadora, pois todo o sistema de propulsão (powertrain ) está conectado à frente da aeronave. A caixa da bateria está, portanto, a fazer um trabalho extremamente importante, não apenas fornecendo contenção no caso de um incêndio na bateria, mas também mantendo a frente da aeronave conectada à estrutura da fuselagem. Além disso, tivemos que manter o peso no mínimo absoluto e garantir que o produto usado para a caixa da bateria fosse altamente resistente ao fogo”, refere, citado no comunicado, o diretor técnico da Electroflight, Douglas Campbell.
O resultado, com recurso ao aglomerado de cortiça à prova de fogo, decorreu do trabalho “em estreita colaboração” com a Amorim Cork Composites, unidade de negócio da Corticeira Amorim que desenvolve produtos, soluções e aplicações “para algumas das indústrias mais sofisticadas do mundo”.
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“A invenção única, agora patenteada, teve o benefício adicional de ser feita de materiais naturais sustentáveis – um componente vital tendo em conta o objetivo geral do projeto governamental do Reino Unido denominado ACCEL: acelerar a descarbonização da aviação”, pode ainda ler-se no comunicado.
Já o CEO da Corticeira, António Rios Amorim, lembra que a necessidade da eletrificação “nunca foi tão evidente, estando a aviação no topo das prioridades”.
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