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O Credit Suisse registou um prejuízo de 228 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, devido principalmente ao recente colapso do fundo de investimento especulativo norte-americano Archegos Capital.
Este resultado ficou ainda assim aquém do esperado pelos analistas, que apontavam para um prejuízo de 740 milhões de euros.
“Os resultados foram muito afetados pelas despesas de 4.000 milhões de euros relacionadas com um fundo de cobertura (‘hedge fund’) dos Estados Unidos”, disse o presidente executivo do banco, Thomas Gottstein, em comunicado, lembrando que eliminou os ganhos substanciais realizados pelas atividades comerciais do grupo financeiro suíço.
O gestor referiu ainda que “os prejuízos contabilizados devido a este caso são inaceitáveis”.
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O segundo maior banco da Suíça, depois do UBS, contabilizou também no primeiro trimestre deste ano um prejuízo antes de impostos de 686,59 milhões de euros, abaixo do esperado pelo mercado.
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Adiantou igualmente que, se não tivesse despendido os 4.000 milhões de euros, o lucro antes dos impostos teria sido de 3.300 milhões de euros, representando o seu melhor lucro operacional trimestral em pelo menos uma década.
O banco encerrou o primeiro trimestre deste ano no vermelho, apesar das receitas terem aumentado 31%, para 6.800 milhões de euros, na comparação com idêntico período do ano passado.
O Credit Suisse espera contabilizar um prejuízo de 545 milhões no segundo trimestre deste ano, como consequência do colapso do fundo de investimentos especulativo Archegos Capital, embora tenha dito que reduziu já a sua exposição ao ‘hedge fund’ em 97%, adianta no comunicado.
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O regulador do sistema bancário suíço, Finma, exigiu que o banco acrescentasse cerca de 1.700 milhões de euros de capital adicional.
Neste sentido, para reforçar o capital social do banco, este converteu 1.800 milhões de obrigações convertíveis em 203 milhões de ações.
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