Em resposta à recomendação da Entidade Nacional para o Setor Energético (ENSE), que pediu “a todos os postos de abastecimento situados em território nacional, o reforço dos stocks de combustível, acautelando desta forma as existências”, as gasolineiras respondem que já estão no terreno a pôr em prática os seus próprios planos de ação para acautelar uma nova situação de escassez de combustíveis.
“Este comunicado é apenas uma recomendação, não configurando uma obrigação legal”, frisou a ENSE, “reconhecendo as dificuldades que esta recomendação possa significar para algumas empresas, e dado o aproximar da data de início da greve dos motoristas de matérias perigosas”. As necessidades médias diárias de consumo em Portugal são de cerca de 2,9 mil toneladas de gasolina e 13,6 mil toneladas de gasóleo.
Em declarações ao Dinheiro Vivo, fonte oficial da Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas (Apetro) garante que “a recomendação da ENSE está perfeitamente em linha com o que as associadas da Apetro estão a fazer que é, através de um planeamento cuidado, tentar que os postos de abastecimento estejam na sua capacidade máxima, antes do início da greve”.
A Galp ainda tem esperança “que seja possível superar as atuais divergências entre as diferentes organizações”, mas prefere não confiar na sorte e já está “preventivamente a tomar as medidas ao seu alcance para reduzir o mais possível eventuais constrangimentos para os consumidores no abastecimento de combustíveis”, garantiu fonte oficial.
Já a BP explica que “desde que o pré-aviso de greve foi anunciado está a executar um plano que compreende medidas como as que foram agora sugeridas pela entidade reguladora, e cujo objetivo é minimizar os impactos desta possível paralisação junto dos seus clientes”, disse a empresa em declarações enviadas ao Dinheiro Vivo.
Do lado da Repsol, a petrolífera espanhola que opera em Portugal confirma que está a “reforçar as entregas aos postos”, enquanto a Cepsa não se pronuncia sobre os seus planos de preparação para a greve, remetendo para a declaração da Apetro, feita “em nome da indústria”.
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