//CTP pede que ao próximo Governo que “vá mais longe” e reforce benefícios fiscais e menos carga fiscal

CTP pede que ao próximo Governo que “vá mais longe” e reforce benefícios fiscais e menos carga fiscal

O turismo em Portugal começa já a dar sinais de recuperação, assegurou o presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP), na sua intervenção no Congresso da AHP, que decorre no Algarve até amanhã. Francisco Calheiros defende que a recuperação para manter-se vai exigir “preparação das empresas”. Com o País a preparar-se para eleições, o líder da CTP considera que é essencial que o próximo Executivo “vá mais longe” e que reforce, por exemplo, benefícios fiscais.

“A recuperação do Turismo já se começa a notar: Em setembro, as dormidas de turistas estrangeiros superaram as dos portugueses pela primeira vez desde que a pandemia começou. Um sinal de que as viagens estão a aumentar e que os turistas estrangeiros continuam a escolher Portugal como destino seguro”, indicou Francisco Calheiros.

“No entanto, para o total do ano 2021 as previsões da CTP apontam para uma quebra de passageiros nos aeroportos nacionais na ordem dos 60% e uma quebra de dormidas no alojamento turísticos na ordem dos 50%. Por isso, para que se prossiga a recuperação da atividade turística, que os últimos meses já começam a demonstrar, é necessário que as empresas estejam preparadas e sobretudo estejam capitalizadas para fazer face aos desafios que se nos colocam”, acrescentou o responsável.

Francisco Calheiros considera que é “necessário fortalecer” o turismo de forma que este “possa dar resposta à altura às solicitações da retoma”. Por isso, diz, é importante que sejam “aprovados pelas instâncias próprias os projetos e o valor de investimento contidos na Agenda Acelerar e Transformar o Turismo, uma agenda mobilizadora já entregue ao Governo, no âmbito do PRR que visa obter apoio financeiro a projetos que no global estão avaliados em 145 milhões de euros”.

Ainda durante a sua intervenção, o líder da Confederação do Turismo defendeu que “é urgente a implementação do plano que prevê um investimento superior a 6 mil milhões de euros, dos quais 4 mil milhões de euros são para as empresas”, referindo-se assim ao Plano Reativar. “Não podemos continuar na incerteza de saber quando as empresas estarão verdadeiramente capitalizadas. Não podemos continuar a ver unicamente o reforço de poucos milhões, vindos de medidas que já estavam a ser implementadas e que mais não são do que paliativos”.

Próximo Governo