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Com os portugueses parcialmente confinados no primeiro trimestre e a enviar e a receber encomendas em casa, os lucros dos CTT dispararam 136,3%, para 8,7 milhões de euros, até março. O operador postal registou receitas globais de 205,3 milhões, uma subida de 14,1% face a período homólogo do ano passado.
“Estes resultados mostram que os CTT souberam adaptar-se às dificuldades do contexto pandémico e reforçar o seu papel na manutenção das cadeias logísticas e económicas. O primeiro trimestre de 2021 trouxe um novo período de confinamento geral, que encarámos como uma oportunidade”, diz João Bento, CEO dos CTT, citado em comunicado.
“A área de Expresso e Encomendas e a oferta completa de produtos digitais dos CTT apoiaram a consolidação da dinâmica de crescimento iniciada em 2020. A nossa operação em Espanha, com a CTT Express, começa a mostrar os resultados da estratégia definida, posicionando os CTT como um operador de referência no envio de encomendas urgentes na Península Ibérica”, destaca.
“Em Portugal, voltámos a bater recordes no negócio de Expresso e Encomendas, reafirmando a nossa condição de parceiro de referência das empresas no desenvolvimento dos seus negócios e em particular dos seus negócios de comércio eletrónico. Também o Banco CTT voltou a apresentar uma boa performance, sendo incontornável assinalar o arranque da parceria com o cartão Universo”, refere o gestor.
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As receitas registaram uma subida de 205,3 milhões de euros, mais 14,1% e 25,4 milhões do que no primeiro trimestre do ano passado, com o negócio de Expresso e Encomendas a atingir os 63,4 milhões de receitas (+70,1%) e o Banco CTT a registar um crescimento de 8,7%, para 21,2 milhões. Desempenho positivo que compensou a quebra de 1,4% registadas no Correio e Outros, para 108,6 milhões, e de 6,7% nos Serviços Financeiros e Retalho, para 12,1 milhões.
O EBITDA registou no período uma subida 22,3%, para 29,1 milhões. O EBIT recorrente foi de 15 milhões de euros, a crescer 62,2% face ao primeiro trimestre do ano passado.
Correio recua 1,5%
O negócio Correio foi impactado estruturalmente pela tendência de queda do tráfego e pelos efeitos do confinamento geral, em especial no mês de janeiro, refere os CTT, atingindo no final de março os 107,8 milhões de euros (-1,5%).
“O efeito pandémico continuou a provocar um estrangulamento ao nível da rede logística aérea internacional, influenciando negativamente os volumes de tráfego do correio internacional, e também o custo deste tipo de transporte”, referem os Correios.
No primeiro trimestre o tráfego de correio internacional de saída caiu 9,0%, tendo o correio internacional de chegada apresentado uma descida de 7,2%.
“As soluções empresariais registaram rendimentos de 3,6 milhões de euros, (+41,5%). Este incremento resultou do alargamento e otimização da oferta existente e da intensa dinamização comercial iniciada no final do primeiro trimestre de 2020.
Encomendas disparam 70%
A área de Expresso e Encomendas alcançou um “valor recorde” de 63,4 milhões de euros, um crescimento de 70,1% face ao período homólogo, refere o operador postal.
No mercado ibérico os rendimentos situaram-se em 62,7 milhões de euros (+71,7%), com o tráfego a totalizar 18,2 milhões de objetos, um crescimento de 87,3%.
Os rendimentos em Portugal registaram 35,1 milhões de euros, uma subida de 43,8%, com o tráfego a totalizar 8,5 milhões de objetos, uma subida de 50,9%.
Os rendimentos em Espanha situaram-se em 27,6 milhões, uma subida de 127,8%. O tráfego totalizou 9,7 milhões de objetos, crescendo 137,2%. “O forte crescimento do tráfego deveu-se sobretudo a novos grandes clientes angariados a partir de agosto de 2020”, destaca a empresa.
O marketplace Dott, uma joint-venture dos CTT com a Sonae, atingiu os 1 610 vendedores na plataforma, “com mais de 4,5 milhões de produtos disponíveis e 270 mil utilizadores registados no final de março de 2021, tendo o indicador GMV (volume bruto de mercadoria) observado um crescimento de 122% face ao primeiro trimestre de 2020.”
Serviços Financeiros e Retalho
As receitas da área de Serviços Financeiros e Retalho atingiram 12,1 milhões no trimestre, uma queda de 6,7%. Os produtos e serviços de retalho atingiram 3,6 milhões, um aumento de 37,1% face ao primeiro trimestre do ano passado.
“As medidas restritivas no período de confinamento de 2021 e a impossibilidade da comercialização de alguns produtos de retalho, apesar da manutenção das lojas abertas, conduziram a uma maior quebra nas receitas”, justificam os CTT.
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