//CTT. Maioria dos partidos aberta à entrada do Estado no capital da empresa

CTT. Maioria dos partidos aberta à entrada do Estado no capital da empresa

A maioria dos grupos parlamentares que se reuniram quarta-feira com a setorial dos CTT do PS/Porto mostraram abertura à entrada do Estado no capital social dos CTT, disse hoje à Lusa o seu secretário coordenador Rogério Costa Pereira.

“Na maior parte dos casos, houve uma boa recetividade sobre a problemática que os CTT atravessam e, embora haja um contrato de concessão, os partidos estão abertos ao estudo da entrada do Estado no capital social da empresa”, acrescentou o dirigente socialista.

Sobre a entrada do Estado no capital social, Rogério Costa Pereira declarou que o BE “se mostrou flexível”, que o PAN “é a favor”, que o PSD “mostrou abertura” e que o PS “ficou sensibilizado para a entrada no capital social”, enquanto o CDS, “apesar de compreender o real estado em que se encontra a empresa, mostrou reticências quanto à participação do Estado”.

Em comunicado enviado à Lusa, a setorial socialista alerta que “os problemas com os CTT têm sido multifacetados, causando uma deplorável degradação diária das condições de trabalho e da acentuada e grave falta de trabalhadores para garantia da qualidade exigida, responsabilidade de uma empresa por um serviço nacional essencial e de importância crítica”.

Elencando as “reclamações sistemáticas” e o “clamor nacional que se agudizou com o mau serviço dos Correios”, de que decorrem “óbvias e graves consequências negativas para os interesses locais, cidadãos, empresas e instituições”, aquela organização do PS/Porto entende que as mesmas não resultam de “quaisquer alterações empresariais motivadas pela pandemia” e que continuam “a motivar inúmeras queixas junto da tutela, ANACOM e administração dos CTT”.

Neste cenário, continua o comunicado, foi decidido “desenvolver contactos no Parlamento com os partidos políticos no sentido de os sensibilizar para a situação grave e complexa que se vive na empresa”.