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A maioria dos grupos parlamentares que se reuniram quarta-feira com a setorial dos CTT do PS/Porto mostraram abertura à entrada do Estado no capital social dos CTT, disse hoje à Lusa o seu secretário coordenador Rogério Costa Pereira.
“Na maior parte dos casos, houve uma boa recetividade sobre a problemática que os CTT atravessam e, embora haja um contrato de concessão, os partidos estão abertos ao estudo da entrada do Estado no capital social da empresa”, acrescentou o dirigente socialista.
Sobre a entrada do Estado no capital social, Rogério Costa Pereira declarou que o BE “se mostrou flexível”, que o PAN “é a favor”, que o PSD “mostrou abertura” e que o PS “ficou sensibilizado para a entrada no capital social”, enquanto o CDS, “apesar de compreender o real estado em que se encontra a empresa, mostrou reticências quanto à participação do Estado”.
Em comunicado enviado à Lusa, a setorial socialista alerta que “os problemas com os CTT têm sido multifacetados, causando uma deplorável degradação diária das condições de trabalho e da acentuada e grave falta de trabalhadores para garantia da qualidade exigida, responsabilidade de uma empresa por um serviço nacional essencial e de importância crítica”.
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Elencando as “reclamações sistemáticas” e o “clamor nacional que se agudizou com o mau serviço dos Correios”, de que decorrem “óbvias e graves consequências negativas para os interesses locais, cidadãos, empresas e instituições”, aquela organização do PS/Porto entende que as mesmas não resultam de “quaisquer alterações empresariais motivadas pela pandemia” e que continuam “a motivar inúmeras queixas junto da tutela, ANACOM e administração dos CTT”.
Neste cenário, continua o comunicado, foi decidido “desenvolver contactos no Parlamento com os partidos políticos no sentido de os sensibilizar para a situação grave e complexa que se vive na empresa”.
Tendo como horizonte “o facto de no final 2020 terminar o contrato de concessão dos SPU – Serviço Postal Universal”, a setorial socialista entende, por isso, que se “torna imprescindível uma tomada de decisão estratégica por parte do estado português de forma a travar o modelo economicista de destruição e delapidação da empresa e que permita assegurar um rumo sustentável do Grupo CTT, desenvolvendo as diligências necessárias para que o estado passe a ter uma participação qualificada e estratégica no capital social dos CTT”.
Desta forma, lê-se ainda no comunicado, pretende o PS/Porto “dar um rumo à empresa e que garanta a sobrevivência a prazo dos CTT, no respeito pelos princípios da responsabilidade social e da racionalidade empresarial, dos direitos dos trabalhadores, dos cidadãos e das empresas, para que continue a contribuir para o progresso nacional e a coesão social, económica e territorial do país”.
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