//Dados. Empresas que fogem da analítica arriscam competitividade

Dados. Empresas que fogem da analítica arriscam competitividade

Em 2019, só 10% das empresas portuguesas recorreu à análise de big data, segundo dados de um inquérito feito pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) às organizações. A principal razão apontada pela esmagadora maioria das empresas para este cenário? Falta de recursos humanos, conhecimentos na área ou ainda uma relação entre custo e benefício pouco atrativa do uso deste tipo de tecnologias.

Num ano de viragem, Luís Gonçalves, data analytics e AI director da consultora tecnológica Noesis, acredita “que em 2020 esse cenário já terá mudado”. O responsável da Noesis, que desde o início deste ano passou a integrar o grupo espanhol de consultoria na área das tecnologias de informação Altia, partilha que as observações do mercado e o contacto que a Noesis tem com as empresas e os clientes mostram que “há uma cada vez maior consciencialização para a necessidade de capturar toda a informação que a organização gera e de ter a capacidade de a analisar”.

“Hoje em dia as organizações necessitam de maximizar as interações e os negócios com os seus clientes e de serem competitivas para conquistar novos clientes, o que faz com que a informação seja um ativo muito importante para que consigam analisar, por exemplo, o que resulta e o que não resulta nas suas estratégias.”

Luís Gonçalves sublinha que o contexto de pandemia fez acelerar ainda mais a necessidade de criar novas ofertas para os clientes, algo que reforçou, mais uma vez, a importância dos dados. “Também a redução das barreiras tecnológicas de entrada, a democratização das soluções cloud, cada vez mais baratas e de fácil configuração, são fatores que contribuem para inverter” o cenário retratado pelo INE, aponta.