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Em plena pandemia, em julho de 2020, a NOS lançou a primeira marca de telecomunicações 100% digital, a WOO, focada na oferta de internet. Um movimento de “antecipação” à mudança de consumo de dados que o teletrabalho e ensino à distância impôs, diz Daniel Beato, administrador da NOS com o pelouro do consumo. A WOO evoluiu e reposicionou-se – com novas ofertas – para crescer. “Quer ser líder de mercado na sua categoria.”
Em menos de um ano, a WOO está a reposicionar-se. Porquê?
A WOO nasceu para endereçar as principais necessidades de telecomunicações dos clientes, com uma proposta de valor diferenciadora e assumidamente disruptiva. Não é um reposicionamento, pois a génese da WOO não mudou: a simplicidade e a transparência continuam no ADN da marca, com a satisfação do cliente no centro de tudo. Estamos, sim, a fazer crescer a marca, levando esta proposta de valor, que consideramos vencedora, a cada vez mais clientes.
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Acontece num momento em que o consumo de dados atinge picos históricos à conta da pandemia. Pesou na decisão?
Há um ano antecipámos uma tendência que a pandemia veio acelerar. O último ano foi decisivo na evolução da WOO, precisamente pela aceleração do ritmo de adoção digital. A súbita mudança para modelos de trabalho à distância e o maior consumo de conteúdos a partir de casa colocaram pressões adicionais sobre o fornecimento da melhor conectividade de banda larga. Nos últimos meses o nosso target aumentou significativamente. Uma realidade que exige produtos e preços adequados a este crescimento, e por isso esta nova proposta. Mas a génese da marca mantém-se. Continua digital e muito simples, sem ofertas adicionais, pontos, telemóveis. Permite-nos concentrar todo o investimento no preço e no serviço ao cliente, que tem acesso à net que precisa, ao melhor preço, e com serviço muito diferenciador.
Quando arrancou assentava em três opções de subscrição. O que oferece agora? Que público quer alcançar?
O nosso público-alvo não mudou, mas cresceu. Neste último ano, e perante as mudanças substanciais que se verificaram ao nível da necessidade de uso de internet – para trabalho em casa e ensino à distância – surgiram diferentes necessidades por parte dos consumidores, que a WOO pretende agora endereçar. Aumentámos o número de ofertas – quatro ofertas móveis, entre 1GB e 10GB e com preço de entrada nos 10 euros, mantivemos o serviço móvel sem fidelização e apostámos na simplicidade da oferta. Lançámos ainda novos tarifários de internet fixa para os clientes que pretendem juntar, a este serviço, um tarifário móvel: a partir de 37 euros, já com 6GB dados móveis/1000 minutos e uma velocidade de 100Mbps na net fixa.
O preço de entrada baixou para 10 euros, há menos de um ano era 23 euros. Não há o risco da proposta low cost da WOO sofrer, usando uma expressão em voga há uns anos, de uma certa “irracionalidade dos preços”?
A WOO não é uma operadora tradicional. É mais simples, foca-se no essencial, sem camadas de serviço complementares. Por ser 100% digital tem uma estrutura de custos mais leve, e todo o investimento é canalizado para preço e serviço ao cliente. O preço de entrada de 10 euros não compara, em termos de dados e minutos, com o anterior de 23 euros, pelo que nunca pode ser entendido como irracional.
A NOS tem o WTF. Não há risco da WOO esvaziar o interesse desta oferta?
WTF é uma proposta pensada para menores de 25 anos, integra internet e telefone móvel com ofertas muito direcionadas a este target, como o acesso a apps como TikTok e Snapchat, ofertas de cinema, Uber, Uber Eats. A WOO é uma telco digital que se materializa numa app, endereça os serviços de voz e internet, mas opera de forma totalmente distinta à de uma telco tradicional. É dirigida a um target mais adulto, net centric e que privilegia a simplicidade e facilidade na gestão dos serviços. Pela dimensão e objetivos não são concorrentes – nem da NOS nem da WTF -, mas sim, complementares face a diferentes necessidades sentidas no mercado.
A app permite subscrição de utilizadores de outras operadoras. Quantos clientes são de concorrentes?
A esmagadora maioria dos clientes são fora do universo NOS.
Mas, desde julho, que números tem a WOO?
Fizemos um soft launch em julho de 2020 e foi possível aferir a recetividade do mercado. Tratando-se de uma marca centrada na experiência do cliente, não avaliamos o sucesso apenas pelo número de subscritores, que se fixou em alguns milhares, mas também pela sua satisfação. Não temos dúvidas que, à data de hoje, temos os clientes mais satisfeitos do mercado. Só foi possível porque ouvimos os nossos consumidores. Queremos ser a marca low cost do século XXI. Isso significa aliar um produto competitivo com a melhor experiência de cliente, de forma a sermos a marca que mais cresce em subscritores em Portugal.
Com o foco dos consumidores cada vez mais nos dados, a proposta da WOO não poderá ser rapidamente replicada pelos concorrentes? Que reação espera?
A WOO é a primeira e única proposta no mercado português nativamente pensada para o digital. A NOS conseguiu algo raro num mercado dinâmico e competitivo como é o das telecomunicações, manter o pioneirismo de uma marca durante um ano, ainda que a atuar de forma completamente autónoma. Pela procura crescente desta proposta, mais centrada em internet e digital, acreditamos que será uma questão de tempo até os concorrentes tentarem replicar a nossa proposta. Mas isso não nos assusta. A concorrência é sempre saudável, mais ainda se tivermos em conta que quem beneficia é o consumidor.
A NOS fechou 2020 com pouco mais de 5 milhões de clientes móveis. Que contributo querem dar?
A NOS tem uma estratégia bem definida. Ao longo do último ano, respondendo aos enormes desafios da pandemia, imprimimos um novo ritmo à inovação de produtos e serviços que colocamos no mercado. Fechámos parcerias com uma série de empresas líder internacionais, com especial foco nas soluções de internet, o que nos permitiu fazer crescer a base de clientes e melhorar satisfação. A WOO é uma peça chave na resposta que a NOS está a dar aos desafios que o mercado e os consumidores nos colocam. Apesar de utilizar a estrutura de base e infraestrutura de rede NOS, é uma marca totalmente independente, opera de forma totalmente distinta e tem os próprios objetivos e metas. Quer ser líder de mercado na sua categoria, seguindo uma estratégia própria.
O leilão do 5G ainda decorre, mas a expectativa era que fosse feito o lançamento comercial do 5G ainda neste ano. Que oferta a WOO terá a pensar nesta tecnologia?
A WOO usa a rede móvel da NOS, distinguida recentemente como a operadora com melhor cobertura de rede móvel em Portugal, segundo o estudo independente da Ookla. Quando o 5G for uma realidade em Portugal, a WOO vai disponibilizá-lo, desde o primeiro dia, aos seus clientes.
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