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Segundo o estudo da DBRS Morningstar hoje publicado, estes resultados “mostram o impacto de níveis de provisionamento mais elevados, bem como a pressão sobre as receitas devido ao agravamento das consequências económicas da pandemia da covid-19”.
A empresa de ‘rating’ precisa que este conjunto de seis bancos portugueses registou perdas de 250 milhões de euros no quarto trimestre de 2020, considerando que “as receitas principais agregadas diminuíram, com o confinamento a prejudicar as atividades comerciais e as despesas dos consumidores, especialmente no segundo trimestre”.
No entanto, a DBRS afirma que “o impacto teria sido pior sem a intervenção política” e “por enquanto, as medidas de apoio político mitigaram as consequências económicas, protegendo a qualidade dos ativos dos bancos”.
A DBRS sublinha que o custo do crédito no conjunto de 2020 foi de 88 pontos de base, contra 54 pontos base em 2019, e afirma que as provisões de crédito e as imparidades mais do que duplicaram em 2020 face a 2019, porque o agravamento do ambiente económico levou os bancos a atualizar os seus modelos de crédito e a reforçar os níveis de provisionamento, especialmente para os empréstimos da fase 2.
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Em relação ao crédito malparado, a DBRS refere que os créditos não produtivos (em inglês, ‘non-performing loan’ ou NPL) brutos caíram 22% em 2020, graças às vendas de NPL.
“O impacto na qualidade do crédito será mais evidente com o eventual atenuar das medidas de apoio”, refere Nicola de Caro, vice-presidente Sénior da equipa das Instituições Financeiras Globais da DBRS.
Nicola de Caro precisa que “mais de 20% do total de empréstimos em Portugal foi coberto por moratórias em 2020” e que “a maioria destes empréstimos são de clientes PME”, terminando as moratórias de crédito no terceiro trimestre deste ano.
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