Sessenta e um euros é o montante médio gasto em cada visita ao supermercado, de acordo com um inquérito levado a cabo pela Deco Proteste a cerca de 4500 associados. A mesma sondagem mostra que 59% dos inquiridos pagaram com cartão de débito, ou seja, não se endividaram para ir às compras.
Em meados deste ano, a Deco Proteste enviou um questionário aos seus associados com o objetivo de “definir o seu perfil de consumo enquanto utilizadores de supermercados e indicaram-nos o que mais os satisfaz e lhes desagrada nos estabelecimentos onde fazem compras”.
“Para o consumidor, o preço e a perceção da qualidade dos produtos são as variáveis que mais influenciam a satisfação global com o supermercado. Seguem-se a simpatia dos funcionários, a qualidade do peixe e o horário de funcionamento”, refere a edição da revista Deco Protesto publicada hoje. De acordo com o mesmo artigo, são quatro os supermercados que se destacam com cinco estrelas, na opinião dos consumidores: El Corte Inglés, Aldi, E.Leclerc e Jumbo.
“No que toca aos preços, o Aldi, o Jumbo e o My Auchan são os supermercados cujos clientes estão mais satisfeitos. Já a perceção da qualidade dos produtos só é mais baixa, face à concorrência, para os utilizadores do Minipreço”, refere a Deco Proteste.
O mesmo inquérito revelou os produtor mais comprados na duas últimas idas ao supermercado: produtos lácteos (72%); frutas e vegetais (67%); mercearias (63%); congelados (59%); detergentes (58%); higiene pessoal (56%); pão (54%); refrigerantes (52%).
Além disso, foi possível apurar que 83% das pessoas vão ao supermercado de carro, 79% não fizeram compras online nos últimos três meses, 52% 52% foram ao supermercado uma a duas vezes por semana nos últimos três meses e 37% visitam frequentemente o supermercado por razões práticas.
Na mesma edição da Deco Proteste, uma investigação sobre folhetos que anunciam promoções e descontos levada a cabo em 30 supermercados em 17 concelhos do país (1611 artigos) revelou que 14% do total de produtos verificados não estava à venda pelo menos uma vez durante a campanha.
“Não encontrámos problemas graves, ou seja, na maioria das situações, os artigos estavam à venda quando os procurámos, tinham o preço promocional afixado e pagámos o valor esperado. Mas há exceções, como produtos que nunca foram encontrados e montantes incorretos, tanto a favor do cliente como em seu prejuízo”, revela a Deco, acrescentando: “Constatámos que, da totalidade de artigos que controlámos, 14% não podiam ser comprados, pelo menos, numa das vezes em que os procurámos. Quanto mais perto do final da promoção, mais estavam em falta”.
Dos 30 estabelecimentos visitados, só três nunca apresentaram falhas, refere a Deco Proteste: El Corte Inglés, em Lisboa, e Intermarché Super da Rua Quinta de Alcântara e Pingo Doce da Av. Leonor Fernandes, ambos em Évora. Já no Aldi da Rua Sacadura Cabral, em Coimbra, no E.Leclerc da Rua Tristão Vaz Teixeira, em Valongo, e no Intermarché Super da Rua Prof. José Bonaparte, em Vila Nova de Gaia, estiveram sempre à venda menos de 70% dos produtos.
“Na maioria das situações, os preços estavam afixados e correspondiam ao valor anunciado nos folhetos. Detetámos mais falhas no início das campanhas (5%), mas os produtos acabavam por ser vendidos ao preço promocional”, diz a publicação, com a responsável pelo estudo, Fátima Martins, a deixar algumas dicas para evitar levar um produto que não esteja em promoção ou pagar a mais por um artigo que apresente desconto: confirme se o produto que vai comprar é mesmo o que está em promoção; leve consigo o folheto e leia atentamente a informação de preços no supermercado; verifique se a etiqueta do preço corresponde ao que pretende levar; quando a promoção se aplica só a embalagens de maior capacidade ou com mais unidades, faça as contas e comprove se compensa; confira o talão de pagamento, os descontos tanto podem aparecer claramente indicados, como ser difícil entender se foram aplicados; em caso de dúvida, pergunte ao operador da caixa.
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