A Deloitte tem trabalhado com o Fórum Económico Mundial num estudo chamado “Um manifesto para transformar a mobilidade de passageiros e bens”, que envolveu várias cidades, entre elas Lisboa. “A maior parte das cidades perceberam que tem de haver um equilíbrio entre o sector público e o privado. Lisboa é uma cidade aberta aos inovadores e vai adaptando a regulamentação. Já Singapura está na outra ponta, centraliza tudo”, afirmou Scott Corwin, Global Future of Mobility Leader da Deloitte, na sua intervenção “The Future of Mobility”, durante o Portugal Mobi Summit.
“Ao longo dos últimos anos a Deloitte tem estado a trabalhar para mudar o ecossistema”, prosseguiu este responsável, sublinhando que “todas as cidades em todo o mundo depararam-se com os mesmos desafios. Mesmo assim todas as comunidades são diferentes e devem encontrar o seu caminho.”
Um dos problemas da mobilidade sustentável é ainda a questão da propriedade automóvel, mas também o facto de muitas das inovações de mobilidade estarem a estrangular as cidades porque se continua a apostar no consumo privado. “Quatro milhões de pessoas morrem todos os anos na estrada devido a erros humanos. Isso não é aceitável! E isso poderá ser evitado com veículos autónomos, por exemplo”, sublinhou Corwin.
Como criar um sistema de mobilidade bom para as pessoas? “Ao aproveitar a energia limpa, com o advento da autonomia, a conetividade, estamos a mudar a mobilidade”, respondeu o responsável da Deloitte, acrescentando ainda que “devemos integrar os transportes públicos” pois “o objetivo é viajar do ponto A para o ponto B de forma mais acessível.”
Deixando o aviso de que “temos uma geração para mudar uma das pedras basilares do mundo moderno: a mobilidade”, Scott Corwin terminou a sua intervenção fazendo um elogio ao nosso país. “Portugal é um país único. Devem estabelecer Portugal como um exemplo mundial de mobilidade inovadora.”
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