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Os bancos não querem perder o comboio da digitalização e a Digital Banking Solutions (DBS) está cá para garantir que o apanham. A empresa portuguesa dedicada a desenvolver soluções integradas para o setor financeiro conquistou, em três anos de vida, uma carteira de mais de duas dezenas de clientes, dos quais 60% nacionais, e um volume de negócios na ordem dos 3,8 milhões de euros, com o exercício de 2022 a contribuir com 2,9 milhões.
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Entre software e consultoria, o objetivo da DBS é oferecer soluções integradas que “suportem a abrangência dos negócios e assegurem a sua competitividade e compliance” (termo empresarial usado para referir o cumprimento das instituições no que ao conjunto de normas, políticas e diretrizes diz respeito), uma vez que neste ramo a “inovação e o rigor são fundamentais para o sucesso”, explica Nuno Fernandes, managing partner da companhia, em entrevista ao Dinheiro Vivo.
Assim, e com os bancos cada vez mais voltados para a adoção de soluções digitais, a fim de melhorarem a sua eficiência e reduzirem custos, a Digital Banking Solutions tem ganhado tração não só em solo português – onde está a trabalhar a modernização do core bancário de algumas instituições, entre elas as Caixas Agrícolas, EuroBIC, Banco BIG, Unicâmbio e Banco Português de Gestão -, como também nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), nomeadamente Angola, Moçambique e Cabo Verde, geografias nas quais presta serviços para sucursais e participadas do Grupo Caixa Geral de Depósitos e outros bancos locais.
Nas soluções implementadas pela empresa incluem-se os sistemas core, que permitem agilizar a gestão de diversas operações bancárias, como pagamentos, crédito, risco, compliance e canais digitais, e que podem ser criados pela própria DBS ou por parceiros, como por exemplo a Oracle, com o Flextube. Entre os projetos desenvolvidos pela companhia está também um sistema de pagamentos instantâneos para Cabo Verde, “que está em produção em diversas instituições financeiras”, observa o mesmo responsável. Atualmente, a empresa está a fazer um forte investimento nos produtos de software de crédito e compliance.
Em toda a sua atividade, a Digital Banking Solutions conta “com profissionais experientes no setor”, de que servem de modelo também os próprios fundadores João Cruz e Vasco Oliveira, aos quais Nuno Fernandes se juntou mais tarde, em 2021. Ao todo, a organização emprega cerca de 40 pessoas, estando a equipa distribuída por Portugal, Brasil e Índia. Uma das metas para este ano é continuar a recrutar novos talentos, sobretudo para as áreas de desenvolvimento de software e consultoria.
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Ainda para 2023, a consultora antecipa o arranque de alguns projetos nas áreas de banca digital, compliance e risco, e ambiciona consolidar as equipas e estabilizar o conjunto de parcerias iniciadas até agora. “Por se tratar de um ano de consolidação em termos de faturação, prevemos manter o nível do ano passado, preparando o crescimento de 2024.”
Já quanto às tendências para o setor da banca, é expectável que os bancos “continuem a adotar soluções digitais e a explorar novas tecnologias, como inteligência artificial, blockchain e open banking para melhorar a eficiência e responder às necessidades dos clientes de forma reativa e, principalmente, proativa”, indica o managing partner, acrescentando que também a sustentabilidade e a responsabilidade social se tornarão cada vez mais num foco para as instituições, na medida em que “respondem à crescente procura por serviços financeiros mais éticos e sustentáveis”, que incentivem as práticas de ESG (sigla em inglês para governança ambiental, social e corporativa).
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