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O diretor do Departamento de Supervisão do Banco de Portugal defendeu esta sexta-feira a sua passagem pela PwC, onde ingressou em 2014, e o seu regresso posterior ao supervisor.
“Não existe incompatibilidade”, disse Luís Costa Ferreira que foi esta sexta-feira ouvido na Comissão Eventual de Inquérito Parlamentar às perdas registadas pelo Novo Banco e imputadas ao Fundo de Resolução.
Costa Ferreira era o responsável pela supervisão da banca no Banco de Portugal entre julho de 2013 e novembro de 2014, mas já estava do departamento há duas décadas. Saiu do cargo para ingressar nos quadros da PwC mas entretanto regressou ao Banco de Portugal para ocupar as atuais funções.
Questionado pelos deputados sobre a existência de eventuais conflitos de interesse na sua transição entre a PwC e o BdP, Costa Ferreira lembrou que está sujeito ao dever de sigilo, garantindo que não partilhou informação obtida como diretor no Banco de Portugal com a PwC ou os bancos que contrataram a sociedade.
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A PwC foi escolhida para auditar o Novo Banco, já com Costa Ferreira nos seus quadros, o que gerou críticas. Antes, quando Costa Ferreira era diretor de Supervisão no Banco de Portugal, a PwC foi a escolhida para conduzir uma análise ao BES, no âmbito do ETRICC2 (Exercício Transversal de Revisão da Imparidade da Carteira de Crédito dos principais grupos bancários nacionais).
O responsável do supervisor defendeu ainda a transição de profissionais entre setor público e setor privado e considerou ser “prejudicial” para as entidades públicas a existência de “períodos muito longos” de impedimento dessa transição, nomeadamente por dificultar a contratação de melhores quadros.
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