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A Discovery e a AT&T concluíram o processo de fusão da Discovery com a Warner Media, a unidade de produção de conteúdo da AT&T. A conclusão do processo foi anunciado na sexta-feira e da fusão de dois grupos de entretenimento rivais nasceu a Warner Bros. Discovery, um novo gigante do streaming, num negócio avaliado em 43 mil milhões de dólares (40 mil milhões de euros).
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Em comunicado, Warner Bros. Discovery refere que detém um portefólio de conteúdos audiovisuais e de entretenimento “mais diferenciado e completo”, incluindo marcas como HBO, a CNN, a DC Comics e a Eurosport. O novo gigante do streaming vai concorrer diretamente com plataformas como a Netflix ou a Disney.
Os executivos das empresas que agora se fundiram estimam uma receita de 52 mil milhões de dólares (cerca de 48 mil milhões de euros) para 2023, um lucro de 14 mil milhões de dólares (cerca de 13 mil milhões de euros) e uma economia de custos na ordem dos três mil milhões de dólares (cerca de 2,8 mil milhões de euros) por ano.
A Warner Bros. Discovery será liderada por David Zaslav. Para o gestor, que esteve 15 anos à frente da Discovery, este negócio confirma a tendência de concentração no setor e assume relevância para acionistas, distribuidores, anunciantes, parceiros criativos e consumidores.
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“Este é um marco emocionante não apenas para a Warner Bros. Discovery, mas também para os nossos acionistas, distribuidores, anunciantes, parceiros criativos e, mais importante, consumidores em todo o mundo”, salienta Zaslav, no comunicado. Para o CEO da nova empresa, a “Warner Bros. Discovery oferece o portefólio mais diferenciado e completo de conteúdo em filmes, televisão e streaming“.
“Estamos confiantes de que podemos oferecer mais opções aos consumidores em todo o mundo, ao mesmo temp que estimulamos a criatividade e criamos valor para os acionistas. Mal posso esperar para que ambas as equipas se unam para tornar a Warner Bros. Discovery o melhor lugar para contar histórias impactantes”, argumenta.
A conclusão da fusão entre dois gigantes do audiovisual marcou o fim de um processo iniciado em maio de 2021. A Warner Bros. Discovery deve começar a ser negociada na Bolsa de Nova Iorque (vulgo Wall Street) já dia 11 de abril com o código “WBD” no índice Nasdaq.
Quanto à AT&T, com a criação desta nova empresa, a WarnerMedia sai do grupo de telecomunicações norte-americano. Adquirido por 85 mil milhões de dólares (cerca de 78 mil milhões de euros) em 2018, a cisão com a AT&T vai garantir ao grupo de telecomunicações mais liquidez para investir noutras áreas.
“Estamos no início de uma nova era de conectividade e de uma nova era para a AT&T”, refere John Stankey, CEO da AT&T, também citado no comunicado.
Para Stankey, a conclusão da fusão abre porta a investimentos “em níveis recordes” em áreas de crescimento como 5G ou fibra ótica. “É onde temos um forte impulso, enquanto trabalhamos para nos tornar a melhor empresa de banda larga da América”, realça.
“Ao mesmo tempo, intensificaremos o nosso foco nos retornos aos acionistas. Esperamos investir para crescer, fortalecer o nosso balanço de ativos e reduzir dívida, ao mesmo tempo em que continuamos a pagar um dividendo atrativo que nos coloca entre os principais títulos que pagam dividendos nos Estados Unidos”, afirma.
De acordo com o comunicado, a AT&T recebeu 40,4 mil milhões de dólares (37,1 mil milhões de euros) em dinheiro mais garantias de algumas dívidas da WarnerMedia, segundo os termos do acordo para a fusão. Além disso, os acionistas da AT&T receberam da telecom 1,7 mil milhões de títulos da Warner Bros. Discovery, o que corresponde a 71% da nova empresa. O resto dos títulos da WB está nas mãos dos acionistas da Discovery. Acresce que os acionistas da AT&T continuam a deter o mesmo número de ações ordinárias da AT&T que detinham antes fusão agora concluída.
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