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Está aí a primeira ronda de despedimentos na Disney, que começou os cortes nos departamentos de produção televisiva e aquisições esta semana. O CEO Bob Iger, regressado à liderança da gigante em novembro passado, enviou um memorando aos funcionários explicando que haverá três rondas de despedimentos.
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A primeira começa agora, a segunda será em abril e a terceira vai ocorrer “antes do início do verão”, citou a CNN. O objetivo final é despedir 7.000 funcionários, como parte de uma iniciativa anunciada em fevereiro para cortar 5,5 mil milhões de dólares em custos. Os despedimentos representam cerca de 3% da força global de trabalho da Disney.
De acordo com fontes citadas pela Hollywood Reporter, vários executivos proeminentes foram despedidos esta segunda-feira, incluindo a vice-presidente senior de produção de TV na Freeform/Onyx Collective, Jayne Bieber; o diretor de produção e pós-produção da Hulu, Mark Levenstein; e a diretora do departamento de aquisições da Disney, Elizabeth Newman, cuja equipa foi totalmente dissolvida.
“A difícil realidade de muitos colegas e amigos a deixarem a Disney não é algo que encaramos com ligeireza”, escreveu o CEO Bob Iger no memorando. “Em momentos duros, temos sempre de fazer o que é necessário para assegurar que a Disney continua a entregar entretenimento excecional a audiências e consumidores em todo o mundo – agora e no futuro”, continuou.
Espera-se que os cortes mais extensos na área da televisão aconteçam em abril. Estes despedimentos, acrescentou Iger, são “necessários para criar uma abordagem mais eficaz, coordenada e simplificada ao nosso negócio.”
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Antes do regresso de Iger, que substituiu Bob Chapek de forma inesperada, a Disney tinha cerca de 220 mil empregados, a maioria dos quais (166 mil) nos Estados Unidos.
A iniciativa encabeçada por Iger enquadra-se num contexto em que grandes conglomerados estão a despedir milhares de funcionários, uma tendência que começou por volta do verão de 2022 e acelerou de forma exponencial entre o final do ano e o início de 2023. Meta, Amazon, Microsoft, Dell, PayPal, IBM, Spotify, Google e Salesforce estão entre as grandes empresas que anunciaram despedimentos em massa.
Uma situação económica volátil, turbulência nos mercados de tecnologia e média e enfraquecimento do panorama publicitário estão entre os motivos que geraram este ambiente de cortes. Espera-se que as reduções continuem durante todo o ano.
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